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Exército realiza operação no Rio para "coibir a criminalidade", diz porta-voz

Exército participa de operação na favela Kelson"s, na Penha, zona norte do Rio -  Domingos Peixoto / Agência O Globo
Exército participa de operação na favela Kelson's, na Penha, zona norte do Rio Imagem: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio

20/02/2018 10h22Atualizada em 20/02/2018 12h53

A operação integrada que reúne agentes das Forças Armada e das polícias Civil e Militar, na favela Kelson's, na Penha, zona norte do Rio, continua na manhã desta terça-feira (20). Iniciada na noite do dia anterior, a ofensiva inclui revistas a moradores da região. A comunidade é vizinha ao Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), um importante centro de formação de praças da Marinha do país.

Segundo o coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), a ação não tem como objetivo o cumprimento de mandados. Com as Forças Armadas em vias de assumir o comando da segurança, a operação é um "recado". "Não existe um objetivo a ser cumprido, é mais para coibir a criminalidade, abaixar a bola deles", afirmou.

Oficialmente, a operação ainda não faz parte da intervenção federal na segurança pública fluminense. O decreto do presidente Michel Temer (MDB) foi aprovado na madrugada pela Câmara e ainda pendente de votação no Senado, o que deve ocorrer nesta terça-feira. O Exército informou que aguarda a aprovação do Congresso para dar início à intervenção.

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Segundo o Exército, ainda não há um balanço com os resultados práticos da ação de hoje. 

Itamar acrescentou que não apenas a Kelson's está sob vigilância dos agentes, visto que há ocupações no Arco Metropolitano e em acessos a outras comunidades no Rio e em São Gonçalo. A operação integrada está no âmbito do Decreto Presidencial de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, assinado em 28 de julho de 2017.

"Essas operações vêm sendo realizadas há tempos, não tem necessariamente a ver com o decreto e já temos outras 20 semelhantes preparadas. Não é através da repressão que vamos resolver a segurança pública. Não é dando palmada que a gente vai educar as pessoas", declarou Itamar. (Com Estadão Conteúdo)