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Pai é suspeito de atear fogo na própria família no CE; filha morre

Juliana Alves de Oliveira morreu após casa em que morava no Ceará ser incendiada - Reprodução/Facebook
Juliana Alves de Oliveira morreu após casa em que morava no Ceará ser incendiada Imagem: Reprodução/Facebook

Rafael Pezzo

Colaboração para o UOL

22/02/2018 17h28

Uma jovem estudante morreu nesta quarta-feira (21) após quase duas semanas internada em um hospital de Fortaleza, capital do Ceará. Juliana Alves de Oliveira não resistiu após ficar gravemente ferida por causa de um incêndio dentro de sua casa, na cidade de Assaré. O principal suspeito pelo crime era o pai da garota, o agricultor João Batista de Oliveira, que morreu dias após o crime, registrado no dia 9 de fevereiro.

No momento do incêndio, a família do homem de 50 anos estava em casa: a mulher, 49, e o casal de filhos, a estudante de 18 anos e um garoto de dez. Vizinhos perceberam a fumaça, arrombaram o portão da casa e entraram para resgatá-los e combater as chamas. Os quatro moradores foram encaminhados para hospitais próximos na sequência.

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A mulher e o garoto sofreram queimaduras leves e foram liberados em seguida. No dia seguinte ao incêndio, Juliana Alves de Oliveira foi encaminhada para o Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza. João Batista de Oliveira foi levado para o mesmo local, no dia 13. Os dois deram entrada na Unidade de Queimados do IJF com cerca de 90% do corpo atingido e não resistiram aos ferimentos.

Ao UOL, a Polícia Civil de Assaré informou que Juliana relatou a vizinhos depois de ser resgatada do interior do imóvel que o pai havia iniciado as chamas. As autoridades agora esperam o depoimento da mãe e do garoto para confirmar a suspeita e descobrir o motivo do crime.

Em depoimentos, outras testemunhas também confirmaram à polícia de que João Batista havia saído para comprar gasolina dias antes do incêndio. Conforme divulgado pela polícia, o imóvel não ficou danificado, já que o agricultor jogou o líquido inflamável somente nos familiares.

Juliana era estudante do curso de Ciências Econômicas da Universidade Regional de Cariri (Urca), cuja reitoria anunciou luto de três dias pelo seu falecimento.