"Os resultados vão começar a aparecer", diz ministro da Defesa sobre intervenção no Rio
Luciana Amaral
Do UOL, em Brasília
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FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna
O ministro interino da Defesa, general do Exército Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta quarta-feira (11) que os resultados das ações da intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro "vão começar a aparecer".
Ele participou no Palácio do Planalto de solenidade de promoção de generais oficiais junto ao presidente Michel Temer (MDB) e os comandantes do Exército, general Eduardo Villas-Bôas, da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato, e da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira.
"A estimativa [de quando será sentida pela população] a gente tem que usar, infelizmente, a expressão 'curtíssimo prazo'. Tem ações que deram resultados bem recentes. Outras darão resultados. Provavelmente esta semana em que teremos algumas operações que vão aparecer o resultado maior. Tem havido treinamento de pessoal da polícia, aquisição de meios, então os resultados vão começar a aparecer. A redução da criminalidade já está presente", declarou.
A intervenção federal foi decretada em 16 de fevereiro deste ano e conta com R$ 1,2 bilhão em orçamento da União. Segundo o ministro, não há mais recursos represados devido à burocracia. Ele disse ainda que e 67 cargos para a equipe do interventor, general Walter Braga Netto teriam sido liberados nesta quarta por meio de decreto.
Para o ministro, a intervenção está "no ritmo", pois não se pode concebê-la "do dia para a noite". "Então os resultados é que podem não estar sendo tão perceptíveis, mas em termos de organização, planejamento e gestão, está sendo feito", defendeu.
Questionado sobre a investigações da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, Luna e Silva afirmou não saber informações sobre o caso, embora tenha dito que "está avançando".
Em relação a ter sido mantido como interino – nesta terça (10), Temer deu posse a 10 ministros –, o general afirmou não haver problemas e que não conversou com o presidente sobre uma possível efetivação.
"Essa resposta em termos de quando, de tempo, é o tempo do presidente da República. Mas não há nenhum desconforto não em permanecer interino. Normal, não atrapalha em nada. Entendo que essa decisão está com ele", falou.
Presidente Temer
Ao descer a rampa interna e chegar ao evento no salão nobre do Palácio do Planalto, Temer cumprimentou de imediato o comandante do Exército, general Eduardo Villas-Bôas. Em seguida, cumprimentou os demais chefes das Forças.
Em discurso, o presidente exaltou o trabalho e as responsabilidades dos militares, em especial em ações de Garantia de Lei e da Ordem. Sobre o Rio, Temer falou que os militares combatem "de frente o crime organizado".
"Naturalmente, ninguém tem a ilusão de que uma medida específica, por mais bem planejada que seja, vai solucionar da noite para o dia problemas que são antigos e estruturais. Mas, o fato é que a ação das Forças Armadas no Rio, em cooperação estreitíssima com as autoridades locais, já mostra resultados e confirma nossa convicção de que juntos seremos capazes de vencer aqueles que perturbam a tranquilidade e ameaçam o futuro dos brasileiros", declarou.
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