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Polícia do Rio fará reconstituição da morte de Marielle Franco no dia 10

14.mar.2018 - Uma das marcas dos tiros que acertaram o carro da vereadora Marielle Franco (PSOL) - Luis Kawaguti/UOL
14.mar.2018 - Uma das marcas dos tiros que acertaram o carro da vereadora Marielle Franco (PSOL) Imagem: Luis Kawaguti/UOL

Do UOL, no Rio

27/04/2018 20h05

A Polícia Civil do Rio de Janeiro marcou para 10 de maio a reconstituição do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Ambos foram mortos a tiros em no bairro do Estácio, na região central da cidade, em 14 de março. O trabalho será conduzido pela DH (Divisão de Homicídios), responsável pela investigação.

A reprodução simulada será feita na rua Joaquim Palhares, local onde o carro da parlamentar foi interceptado pelos criminosos. De acordo com a polícia, a reconstituição "poderá ser adiada em virtude de condições meteorológicas adversas".

O caso completou 43 dias nesta sexta-feira (27) sem que a Polícia Civil tenha apresentado oficialmente detalhes sobre identificação de eventuais executores e/ou mandantes do crime.

Na versão dos investigadores, o inquérito está avançado. Oito equipes da DH estão focadas na elucidação do caso.

Na última terça (24), o carro onde estavam a vereadora e o condutor passou por uma nova análise. Esta foi a segunda perícia no automóvel --a primeira ocorreu na noite do crime. Os resultados do exame não foram divulgados.

As vítimas foram mortas quando voltavam de um evento na Lapa, bairro da região central. Sabe-se que os criminosos utilizaram ao menos dois carros. A perseguição ao veículo de Marielle começou quando ela deixou o local do evento e se estendeu por cerca de quatro quilômetros.

A vereadora foi atingida por quatro disparos na cabeça. Na cena do crime, a polícia recolheu munições calibre 9 mm que pertenciam ao lote UZZ18, vendido pela CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) à Polícia Federal em Brasília, em 2006. O lote é o mesmo das balas usadas na maior chacina de São Paulo, em 2015.

Um mês depois do crime, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou que as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam a atuação das milícias como a provável causa dos assassinatos.

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