Traficante morto ao fugir de ação militar foi acusado de participação em estupro coletivo
A operação das forças de segurança que teve início na noite de sexta-feira (18) na região da Praça Seca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, prendeu ao menos 22 suspeitos e apreendeu, cinco fuzis. Com a participação de 3.380 homens (a maioria militares), a ação, que continuava na tarde deste sábado (19), registrou tiroteios entre policiais e traficantes em fuga.
Ao todo, sete suspeitos morreram durante supostos tiroteios com a polícia. Entre eles, está Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa, apontado como chefe do tráfico de drogas na Praça Seca. O Disque Denúncia oferecia R$ 30 mil por informações que levassem à prisão do chefe do tráfico.
Ele chegou a ser acusado pelo Ministério Público de participar de um estupro coletivo ocorrido em junho de 2016, no Morro do Barão, contra uma jovem de 16 anos. A vítima disse à polícia ter visto Da Russa na porta da casa onde foi violentada --o local era conhecido como "abatedouro". Para a delegada que investigou o crime, o traficante tinha conhecimento do que se passava no imóvel. No entanto, a Justiça do Rio rejeitou a denúncia por entender que não havia indícios da sua participação no estupro coletivo.
Além dos 22 presos, três adolescentes foram apreendidos, segundo informou hoje o CML (Comando Militar do Leste). Armas, granadas, carros e drogas também foram encontrados.
Segundo o CML, houve um cerco policial e criminosos portando armas de grosso calibre tentaram fugir por um matagal em direção às favelas do Lins de Vasconcelos e Méier, na zona norte. PMs da UPP Camarista Méier apareceram na rota de fuga e ocorreu um tiroteio, no qual Da Russa foi atingido.
Ao todo, 300 policiais militares e 280 policiais civis, além de 2.800 militares das Forças Armadas, fazem parte da operação. Revistas seletivas de pessoas e veículos também são realizadas, e a Polícia Militar bloqueia vias de acesso às comunidades. Já a Polícia Civil faz a checagem de antecedentes criminais, além de cumprir mandados judiciais.
A ação foi deflagrada pelo Comando Conjunto, em apoio à Seseg. Ela envolve as comunidades do Bateau Mouche, Caixa D'Água, Chacrinha, Mato Alto, Barão (José Operário), Covanca e Pendura-Saia, todas na região da Praça Seca, que é um bairro disputado pelo tráfico de drogas e pela milícia. Os milicianos controlam o Chacrinha, e os traficantes, a Bateau Mouche.
Desde o início da intervenção federal, as maiores operações de segurança envolvendo militares das Forças Armadas ocorreram em favelas em que não havia sinais aparentes de conflitos armados entre criminosos de grupos diferentes, como ocorre na Praça Seca. A maioria era controlada por apenas um bando criminoso.
Segundo informações de inteligência dos órgãos de segurança pública, o conflito na Praça Seca se intensificou no início do ano, quando o suposto chefe do Comando Vermelho, Luís Cláudio Machado, o Marreta, deu ordem de dentro da prisão para que seus subordinados ampliassem o comércio de drogas no bairro.
A avaliação do Comando das Forças de Segurança é de que a ação beneficiará, direta e indiretamente, cerca de 150 mil moradores das áreas abrangidas pelas ações.
*Com informações da Agência Brasil
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