Pastor é acusado de estuprar e matar filho e enteado queimados no ES
O pastor Georgeval Alves Gonçalves, conhecido como George Alves, de 36 anos, será indiciado nos próximos dias por abusar sexualmente e matar queimados o próprio filho Joaquim Alves Salles, de três anos, e o enteado Kauã Salles Butkovsky, de seis anos, na casa da família, em Linhares, no Espírito Santo. Após um mês de investigações, a polícia concluiu nesta quarta-feira (23) que o religioso agrediu as vítimas e provocou o incêndio, que atingiu apenas o quarto dos irmãos, para tentar encobrir o abuso das crianças.
Ele será indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. Nesta terça-feira (22), a pedido da polícia, a Justiça decidiu prorrogar a detenção por mais 30 dias. Se for condenado, ele pode pegar até 126 anos de prisão.
Os laudos periciais confirmaram que, antes de serem queimados vivos, no dia 21 de abril deste ano, os meninos Joaquim e Kauã foram agredidos e estuprados. Segundo a polícia, a perícia confirmou que as crianças estavam vivas quando foram queimadas. "Eles tinham fuligem na traqueia e o exame demonstrou que ainda respiravam quando começou o incêndio”, explicou Jaretta. Além disso, o delegado chamou atenção para o fato de o pastor não ter acionado o socorro. "Foram os vizinhos que prestaram auxílio”, disse.
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O pastor, que estava sozinho com as crianças no dia do crime, está preso desde o dia 28 de abril, quando passou a ser o principal suspeito da morte das crianças. "Inicialmente, todos acreditávamos que poderia ter sido acidental. Porém, já no início das diligências, desde o primeiro contato com o investigado, notou-se que a versão apresentada por ele era incompatível com as investigações", afirmou André Jaretta, delegado chefe da Regional de Linhares, em coletiva a qual o UOL teve acesso.
Ainda durante a coletiva, o secretário de estado de Segurança Pública, Nylton Rodrigues, disse que o caso é monstruoso e cruel. “Esse caso deixa a todos estarrecidos pela monstruosidade e crueldade. As investigações e os laudos periciais produzidos são esclarecedores, definitivos e inegáveis. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, ao poder judiciário, para que a justiça seja aplicada”, disse Rodrigues.
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