Manifestantes arrombam portão e invadem Quinta da Boa Vista após incêndio de museu
Um grupo de mais de 300 manifestantes arrombou um dos portões e invadiu a Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, onde fica o Museu Nacional destruído por um incêndio no domingo (2). O ato ocorreu por volta das 13h desta segunda-feira (3).
Menos de dez guardas civis com escudos e bombas de gás decidiram não interferir devido ao grande número de manifestantes. O grupo é formado por estudantes, sindicalistas e políticos. Eles gritam contra o governo de Michel Temer (MDB) e a administração de Marcelo Crivella (PRB).
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Momentos antes da invasão, o grupo atirou pedras contra um carro onde acreditavam estar o ministro da Cultura.
Antes da invasão, também houve confronto entre guardas e manifestantes. Agentes da Guarda golpearam manifestantes com bastões, enquanto participantes do protesto atiraram pedras e garrafas contra eles. Sem correntes para fechar o portão, os guardas chegaram a usar algemas para prender as grades. Momentos depois, um grande número manifestantes forçaram o portão e as algemas arrebentaram.
Próximo ao prédio incendiado do museu, o grupo de manifestantes se concentrava, no começo da tarde, em frente a um pelotão com cerca de 30 homens da Guarda Civil, que possuem equipamentos antidistúrbios urbanos, como escudos e bastões.
Um cordão de isolamento feito por guardas municipais mantém o grupo afastado do prédio do museu. Homens do Grupamento Tático Móvel da Guarda acompanham o protesto. Os manifestantes estavam do lado de fora, impedidos de entrar na quinta desde o início da manhã de hoje, enquanto focos de incêndio restantes estavam sendo controlados.
Duas horas após a invasão, uma nova confusão entre manifestantes terminou em confronto de spray de pimenta no terreno da Quinta da Boa vista. Enquanto o herdeiro da família real portuguesa, dom João de Orleans e Bragança acompanhava o trabalho de rescaldo feito pelos bombeiros, dois ativistas com bandeiras alusivas a monarquia iniciaram um protesto ao lado de estudantes que já estavam no local.
Em número menor (eram pelo menos 60 manifestantes do outro lado), os monarquistas precisaram de apoio da Guarda Municipal para deixar o local. Para conter os manifestantes, foram usados jatos de spray de pimenta a poucos metros do Museu Nacional. Não houve registro de feridos.
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