Bolsonaro vê "muitas falácias" sobre decreto que facilita posse de armas
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (17) haver "muitas falácias" sobre o novo decreto que facilita a posse de armas de fogo, assinado por ele na terça (15).
Em sua avaliação, a mais grave delas seria concluir que a medida não resolve o problema da segurança pública no país "ignorando" o objetivo de "iniciar o processo de assegurar o direito inviolável à legítima defesa". A declaração foi publicada em seus perfis oficiais nas redes sociais.
Bolsonaro disse também que medidas eficientes para melhorar a segurança pública "ainda serão tomadas e propostas", segundo ele, "para a infelicidade dos que torcem contra". Ele acrescentou que os problemas são profundos tendo, como causa majoritária, o "abandono dos governos anteriores". "Mal dá pra resolver tudo em 4 anos, quem dirá em 15 dias de governo", finalizou.
Após a assinatura do decreto, o texto foi criticado por opositores à facilitação de se obter a posse de armas, como parte da classe política, a ONG (Organização Não Governamental) de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch e alguns especialistas em segurança pública.
Embora tenha sido elogiado pela Aniam (Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições), não agradou a todos que queriam a iniciativa, como representantes de organizações que defendem a expansão do direito de ter uma arma.
Para representantes ouvidos pelo UOL, o decreto deveria ter critérios ainda menos restritivos e ter retirado a necessidade de a Polícia Federal analisar as justificativas dos pedidos de posse. Em tese, a PF será menos restritiva nas autorizações a partir de agora. Mas defensores do direito de armamento ouvidos pela reportagem esperavam que essa análise fosse totalmente abolida.
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