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Preso tenta voltar à cadeia com dez celulares e mais 52 objetos no estômago

17.jan.2019 - Celulares e outros objetos retirados de estômago de preso em SC - Divulgação/Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina
17.jan.2019 - Celulares e outros objetos retirados de estômago de preso em SC Imagem: Divulgação/Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina

Aline Torres

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

17/01/2019 16h22

Um detento, de 24 anos, surpreendeu os agentes da Colônia Penal Agrícola, em Palhoça (SC), ao tentar retornar ao local, nesta terça-feira (15), com dez celulares e outros 52 objetos como isqueiro e cabo USB escondidos no estômago.

O prisioneiro, que não teve a identidade revelada, deixou a cadeia beneficiado por uma saída temporária de sete dias e, ao retornar, teve de passar pelo detector de metais.

Durante a inspeção, o aparelho emitiu um sinal, que somado ao nervosismo do prisioneiro, gerou a desconfiança dos agentes prisionais. Ele foi enviado, então, para Penitenciária de São Pedro de Alcântara, a 32,5 km, para um exame mais completo, que é feito com scanner corporal.

Raio-X mostra celulares e outros objetos encontrados em estômago de preso em SC - Divulgação/Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina - Divulgação/Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina
Raio-X mostra celulares e outros objetos encontrados em estômago de preso
Imagem: Divulgação/Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina
O scanner mostrou diversos pequenos embrulhos no estômago que incluíam os dez celulares (miniaturas com tamanho de 7 cm x 2cm, feitos de carbono), envelopes com drogas e outros objetos.

Com a constatação, o detento foi levado para o Hospital Regional, em São José, onde foi submetido à cirurgia para remoção do material nesta quarta-feira (16). Ele já está internado em um quarto do hospital e passa bem.

A Polícia Civil comunicou que irá instaurar um inquérito para investigar o caso, assim que o preso receber alta. Ainda não foi designado o defensor público para representar o preso, que irá responder por um novo processo criminal. No momento, ele está incomunicável. 

De acordo com o secretário estadual da Administração Prisional, Leandro de Lima, foram apreendidos cerca de 1,3 mil celulares no sistema prisional catarinense em 2018, mas nenhuma situação na mesma magnitude.