Homem é suspeito de enganar mulheres e tocar partes íntimas em massagem
Um massagista de 29 anos de Brasília é suspeito de tocar, sem consentimento, partes íntimas das clientes enquanto fazia os atendimentos. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o homem dizia que os toques eram parte da terapia.
As pacientes assinavam uma declaração autorizando serem tocadas pelo massagista.
"O documento intitulado Termo de Consentimento para Contato chamou muito a atenção da polícia, já que isso não é comum. O suspeito indicava que as clientes deveriam se submeter integralmente às manobras, ou os procedimentos estéticos poderiam não ter efeito", afirmou ao UOL a delegada Sandra Melo, da Delegacia da Mulher do DF.
Melo diz que o massagista se aproveitava do fato de muitas das clientes não terem realizado procedimentos similares antes. Até o momento, sete mulheres foram ouvidas.
"A vítima é induzida a acreditar que aquilo é uma técnica, um procedimento comum. Elas relatam que ele chegava a tocar nos seios, virilha, vagina e abordava assuntos de cunho sexual", disse a delegada.
O homem não teve a identidade revelada. Segundo a delegada, ele é proprietário de uma clínica de massagem na região do Sudoeste, área nobre de Brasília. O suspeito fez curso de massagista e atendia desde o ano passado no local, que não tem alvará de funcionamento. A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) também foi notificada.
Durante o procedimento, o massagista também chegava a ficar ofegante e suava muito, segundo os relatos. O homem sempre pedia que as clientes fossem de biquíni e, em alguns casos, deixava a vítima completamente nua. Ele também orientava que as mulheres não procurassem a clínica enquanto estivessem no período menstrual.
"Em um dos relatos, uma vítima disse que ele perguntou se ela era queria gozar. Ela disse que não", conta a responsável pela Delegacia da Mulher.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprindo na manhã desta terça-feira (22) na casa e na clínica do suspeito. Agentes apreenderam celulares, HDs externos, computadores e cerca de 400 fichas de atendimento.
Aos agentes, o massagista disse que não abusou das vítimas e que os toques fazem parte da técnica aplicada. Uma página no Instagram para delatar os crimes foi criada.
O massagista pode responder pelo crime de violação sexual mediante fraude.
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