Equipes israelenses iniciam trabalhos em Brumadinho (MG)
As primeiras tropas israelenses já começaram a atuar na manhã desta segunda-feira (28) no resgate das vítimas na região de Brumadinho (MG), onde uma barragem de rejeitos da mineradora Vale se rompeu na última sexta-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, 11 militares israelenses já fazem o reconhecimento terrestre no local. A expectativa é que mais 70 militares se desloquem para a região com equipamentos de rastreamento. Ao todo, 136 homens auxiliarão nas buscas, em um esquema de revezamento.
O comandante da Unidade de Resgate Nacional de Israel, Golan Vach, disse que seus homens já estão na região do rio Paraopeba em busca de sobreviventes e dos corpos das vítimas. "Nosso primeiro pessoal acabou de chegar ao rio. O primeiro passo será o esforço para encontrar pessoas desaparecidas com vida", afirmou durante entrevista coletiva.
As equipes israelenses usarão equipamentos para rastreamento capazes de identificar sinais de celulares, que são emitidos enquanto houver bateria nos aparelhos de posse de pessoas desaparecidas. Segundo Vach, os equipamentos conseguem encontrar sinais em até quatro metros de profundidade. Mas com o passar do tempo, quando as baterias já começam a descarregar, a estratégia perde a eficácia.
Além disso, os militares pretendem usar sonares capazes de distinguir lama de outras substâncias para encontrar vítimas.
Os homens e mulheres israelenses chegaram por volta das 21h30 a Belo Horizonte e foram recebidos pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), na pista do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana da capital.
Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, o tenente Pedro Aihara, eles atuarão junto com os bombeiros na área onde ficava o refeitório da Vale. As demais regiões contarão com o trabalho das forças de segurança brasileiras.
Zema também conversou com jornalistas e afirmou esperar que junto com as forças de segurança israelenses se aumentem as chances de encontrar pessoas com vida.
"Sou grato [a eles] e vejo que com a tecnologia deles vamos aumentar em muito as chances de encontrarmos novos sobreviventes e vítimas. Vai amenizar a angústia que essas famílias têm passado, eu me solidarizo e digo que estamos empenhados ao máximo", afirmou.
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