Três homens são condenados por furto de 80 mil figurinhas da Copa de 2018
Resumo da notícia
- Três condenados por furto e receptação de 80 mil figurinhas do álbum da Copa do Mundo 2018
- Um dos reús era funcionário da empresa distribuidora das figurinhas em Itapetininga (SP)
- Ele repassava as figurinhas ao primo que revendia para um colecionador de Sorocaba
- O proprietário da empresa acionou a polícia após ver o fruto pelas câmeras de segurança
- O três foram condenados a prestar serviços comunitários
Três homens foram condenados em Itapetininga (SP) por furto e receptação de 15 caixas com 80 mil figurinhas do álbum da Copa do Mundo de 2018. Um dos punidos era funcionário de uma empresa responsável pela distribuidora das figurinhas e o trio foi condenado a prestar serviços comunitários. A decisão ainda cabe recurso.
Segundo o processo, Rodrigo Henrique Borba Souza foi flagrado pelas câmeras de segurança da empresa em que trabalhava (Yukiaki Airton Onishi Comercial e Distribuidora, em Itapetininga) furtando as caixas com os pacotes de figurinhas do álbum da Copa.
Ele jogava as caixas com os pacotes de figurinhas por cima do muro que separava a empresa de um terreno baldio. As caixas eram pegas pelo seu primo Gabriel Borba Galvão, que revendia a mercadoria através de um site de compra e venda. Neste site, o anúncio de Galvão despertou a atenção de Leandro Giordano Paterno, que mora em Sorocaba. Os dois negociaram a compra por R$ 1.000 cada caixa.
Com a negociação feita, Souza furtou cinco caixas da distribuidora em 6 de abril. Galvão entregou o produto para Paterno em um local combinado. O furto se repetiu no dia seguinte (com três caixas) e em 9 de abril (sete caixas).
O proprietário da distribuidora notou a ausência das caixas, procurou as imagens das câmeras de segurança e flagrou a ação do então funcionário. O empresário chamou a Polícia Militar, que abordou Souza, que confessou o crime. Ele ainda ligou para o primo solicitando que devolvesse as caixas. À polícia, Galvão admitiu que as vendia e, inclusive, já havia combinado de encontrar Paterno naquele momento para entregar a última aquisição.
Os policias detiveram Paterno em flagrante com R$ 7.000 para a compra das figurinhas. Ele alegou que era colecionador e não sabia que o produto não era de procedência ilícita. A justiça, no entanto, rejeitou a justificativa.
"A explicação de Leandro de que confiou na boa fé do anunciante são descasadas da realidade fática apurada, eis que o valor da mercadoria era muito aquém do mercado; além disso, se o anunciante se identificou como empregado de uma distribuidora de figurinhas era de se esperar que apresentasse documentos que comprovassem a origem da mercadoria; suas alegações de que adquiriu o montante de figurinhas que totalizam mais de dez caixas e mais de R$ 10.000 por ser colecionador é absolutamente inverossímil e alcança as raias do absurdo, não merecendo acolhida", disse o juiz André Luís de Bastos, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Itapetininga.
O ex-funcionário e seu primo foram condenados a três anos de serviços à comunidade pelo furto de 15 caixas de figurinhas mediante abuso de confiança. Paterno foi condenado a três anos e seis meses de serviços à comunidade por receptação.
O UOL não conseguiu localizar as defesas de Souza e Paterno, a advogada de Galvão não quis se pronunciar sobre o caso. A reportagem também não conseguiu contato com a empresa Yukiaki Airton Onishi Comercial e Distribuidora.
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