PM é preso sob suspeita de agredir namorada, encontrada nua no chão no DF
Um policial militar fardado foi preso sob suspeita de agredir a namorada em Taguatinga, no Distrito Federal. A vítima, que também é PM, foi encontrada nua pela Polícia Civil no meio da rua. O caso ocorreu na última quinta-feira (18) mas as imagens foram divulgadas ontem à noite.
O sargento Evaldo Barreto Ferreira, 45, foi levado para a 17ª Delegacia de Polícia do DF, que investiga o caso. Após prestar depoimento, pagou uma fiança de R$ 2 mil e foi liberado. A namorada também foi ouvida depois de ser atendida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), para fazer exame de corpo de delito.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima disse que ela e o namorado estavam no carro quando começaram a brigar. Ela disse que, após olhar o celular do namorado, descobriu que ele trocava mensagens com a ex-esposa e que os dois teriam a chamado de vagabunda.
Ainda segundo o depoimento da vítima, o homem pediu que ela saísse do carro, mas ela se recusou. Ela diz que tomou um frasco inteiro de calmante e se despiu.
Irritado, o PM, teria batido nela com socos e chutes.
O suspeito, em depoimento, disse que não bateu na namorada. Que apenas a imobilizou porque ela estava "descontrolada".
O advogado do policial disse que só vai se manifestar após receber o processo judicial. A vítima não foi localizada.
Em nota, a Polícia Militar informou que os fatos ainda estão sendo apurados e que a arma do sargento, conforme procedimento padrão nesses casos, foi recolhida.
Testemunhas relatam agressividade
Duas pessoas que testemunharam as agressões na Praça do Bicalho, em Taguatinga Norte, disseram ao UOL que o sargento agrediu muito a companheira, inclusive com chutes na cabeça.
"Ele era bem violento. Ficamos com medo de intervir e ele sacar uma arma. Alguns comerciantes levaram lençóis para tampar a moça, que estava nua", disse uma das testemunhas, que pediu para não ser identificada.
"O PM abria as pernas da mulher no meio da rua. Dizia que ela o fazia passar vergonha. Minha vontade foi de passar com o carro por cima dele", disse a testemunha.
Segundo a Polícia Civil, o sargento vai responder por injúria, lesão corporal, dano e pelos termos da Lei Maria da Penha.
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