Bairro no RJ tem toque de recolher após suposta morte de chefe do tráfico
Uma notícia sobre a suposta morte do chefe do tráfico de drogas da comunidade Jardim Catarina, Antonacio do Rosário, conhecido como Shumacker, 35, fez o bairro no Complexo do Salgueiro, na cidade de São Gonçalo (RJ), amanhecer sob "toque de recolher".
A morte do traficante teria ocorrido na noite de ontem e se espalhou pelas redes sociais. No entanto, a Polícia Militar (PM) ainda não confirmou o assassinato que teria ocorrido após desentendimento de traficantes da região metropolitana do Rio.
"Equipes da unidade [Batalhão de São Gonçalo] foram enviadas ao local, mas nenhum corpo foi localizado, até o momento", informou a corporação através de nota. Ao UOL, o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, disse ainda que o setor de inteligência da polícia monitora o local e que a PM reforçou o policiamento na região "para garantir o direito de ir e vir dos moradores".
De acordo com moradores, ônibus deixaram de circular na região e parte do comércio não abriu as portas. "Realmente não tem nada passando. Meu pai mora ali e está com barricada de baixo do viaduto e ônibus atravessado. Nada passa e está com toque de recolher", disse um internauta no Facebook.
Schumaker é da facção Comando Vermelho (CV) e integrava a lista de traficantes mais procurados do Rio de Janeiro. O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 30 mil para quem passe informações que levem a sua prisão.
A quadrilha de Shumacker era conhecida pelo nome de Bonde do Schumaker e é acusada de tráfico de drogas, assaltos e homicídios. O traficante chegou a oferecer aos seus "subordinados" uma recompensa de R$ 5 mil para cada policial morto na região.
Em junho de 2014, sua quadrilha teria executado com mais de 20 tiros o soldado da PM Dayvid Lopes Atanásio, de 25 anos, no Jardim Catarina. Lotado no Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), o militar sofreu uma emboscada perto de sua casa.
Em 2016, Schumaker teria ordenado a retirada de todas as câmeras de segurança da área externa das casas e comércios do Jardim Catarina, após integrantes da quadrilha serem flagrados circulando fortemente armados pela principal via da comunidade.
O criminoso chegou a ser preso em agosto de 2003. Dez anos depois, recebeu o benefício para cumprir o restante da pena em regime semiaberto e não retornou ao presídio. Atualmente, é considerado foragido do sistema penitenciário.
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