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Caso Emanuelly: Pais são condenados à prisão por espancar e matar filha

05.mar.2018 - Phelippe Douglas Alves e Débora Rolim da Silva foram condenados pela morte da filha de 5 anos - Reprodução/Facebook
05.mar.2018 - Phelippe Douglas Alves e Débora Rolim da Silva foram condenados pela morte da filha de 5 anos Imagem: Reprodução/Facebook

Luciana Quierati e Stella Borges

Do UOL, em São Paulo

04/06/2019 08h57

A Justiça de São Paulo condenou a mais de 50 anos de prisão, em penas somadas, o casal Débora Rolim da Silva e Phelippe Douglas Alves, acusado de espancar até a morte a filha Emanuelly Agatha da Silva, de 5 anos, em março do ano passado.

O julgamento, com júri popular, durou cerca de 10 horas e terminou ontem à noite no Fórum de Itapetininga (SP), onde ocorreu o crime.

Phelippe foi condenado a 34 anos, 7 meses e 10 dias em regime fechado, além de 10 meses e 14 dias no regime semiaberto, por homicídio doloso quadruplamente qualificado por motivo fútil, tortura, cárcere privado, alteração do local do crime, com qualificadoras de emprego de crueldade e pela vítima ser descendente e mulher.

Débora foi condenada a 23 anos, 11 meses e 4 dias de prisão em regime fechado, mais 6 meses em regime semiaberto pelos mesmos crimes. A pena aplicada ao pai foi maior porque ele é reincidente, segundo o juiz Alfredo Gehring Cardoso Falchi. Fonseca. O UOL tenta contato com a defesa do casal.

O crime

Em 2 de março de 2018, o casal acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), informando que a criança estava tendo convulsões depois de cair da cama e bater a cabeça. A equipe médica, porém, suspeitou dos hematomas na menina, que seriam compatíveis com maus-tratos. Ela morreu na madrugada do dia seguinte, no Hospital Regional de Sorocaba.

O laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a menina havia sofrido agressões durante quase um mês e que ela morreu em consequência de traumatismo craniano e hemorragia cerebral.

O casal foi detido e, na audiência de custódia, o juiz responsável pelo plantão judiciário determinou a prisão preventiva. Eles estão presos no presídio de Tremembé, a 140 km da capital paulista.

Na ocasião, a Polícia Civil disse que o casal negou o crime e que ambos eram usuários de drogas e já haviam se envolvido em suspeitas de agressões contra seus dois outros filhos.

Além de Emanuelly, eles têm uma menina e um menino, à época com 9 e 4 anos, respectivamente.