PM investiga policiais que foram a casamento usando farda e fuzil
A Polícia Militar de Santa Catarina confirmou hoje que abriu inquérito para investigar os integrantes que foram fardados e com fuzis ao casamento da Juliethe Nitz (PL-SC), vereadora de Balneário Camboriú, com o ex lutador de MMA Juliano de Pin Wandelen, no último sábado (1). Os PMs são amigos do casal e acompanharam a entrada do noivo na cerimônia, que aconteceu na cidade de Itapema.
"Não tem nenhum regulamento que autorize esse tipo de participação, por isso foi aberto procedimento para saber realmente quem autorizou e o que aconteceu", diz o tenente Marcos Rocha Castro, chefe de jornalismo da PM de Santa Catarina.
Segundo a corporação, os quatro policiais envolvidos no caso foram identificados e são do patrulhamento tático da 3ª companhia do 12º batalhão (BPM), da cidade de Tijucas (SC). Dois deles estavam em horário de expediente.
Marcos explica que só haveria necessidade da farda e da arma se houvesse necessidade da presença da polícia no local, o que segundo ele não era o caso. "Se fosse uma situação com horário de folga e com a devida autorização do comando, o policial pode representar a Polícia Militar fora do serviço fardado se for devidamente autorizado", explica.
Comandante do batalhão dos quatro PMs envolvidos, o tenente coronel Alexandre Coelho nega ter autorizado a ida dos militares. "Não foi autorizado por mim que sou comandante, por isso foi instaurado um inquérito para apurar até que ponto é irregular, ou se há crime ou se não há", disse. Ele, porém, salienta que um major da PM pode ter cedido a devida autorização.
A investigação deve ser finalizada em 30 dias e os envolvidos poderão receber uma advertência da corporação ou punições disciplinares. Por enquanto, os policiais aguardam as investigações e foram mantidos em seus postos de trabalho.
"Homenagem a corporação"
Em entrevista ao UOL, a noiva Juliethe Nitz afirmou que dois PMs são amigos do casal e foram convidados para o casamento, enquanto os outros estavam acompanhando os colegas. De acordo com a vereadora, o convite surgiu também como uma forma de homenagear a corporação da Polícia Militar.
"A bandeira da segurança pública é algo que eu já levanto há muito tempo. Eu tenho vários amigos na segurança, e assim como outros estavam ali, a Polícia Militar também estava. Hoje a PM está mais próxima da sociedade. Foi uma forma de homenageá-los, deles estarem em um evento tão singular", diz.
O marido de Juliethe, Juliano de Pin Wandelen, também tem amigos na corporação, presta serviço voluntário e dá aulas de defesa pessoal para agentes públicos.
Juliethe lamenta a repercussão do caso e afirma tentar ajudar os PMs a esclarecer os fatos. "A minha intenção é proteger os policiais militares que são nossos amigos, eu tenho jogado a responsabilidade para mim, para não ficar problemas para eles", explica.
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