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Filho de deputada confessou ter atirado 6 vezes contra pastor, diz polícia

A deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) e o pastor Anderson do Carmo - Reprodução
A deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) e o pastor Anderson do Carmo Imagem: Reprodução

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

20/06/2019 17h36

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou na tarde de hoje que o filho mais velho da deputada Flordelis dos Santos (PSD-RJ) e enteado de Anderson do Carmo Souza, assassinado a tiros no último domingo (16) em Niterói, confessou ter dado seis tiros no pastor evangélico.

Flávio dos Santos Rodrigues, 38, já estava preso desde o começo da semana em decorrência de um mandado por crime de violência doméstica. Hoje, a Polícia Civil do Rio pediu a prisão temporária dele e de outro filho do casal, Lucas dos Santos, 18, por homicídio. O pedido foi aceito pela Justiça e os dois seguem presos na Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.

Ambos foram registrados como filhos do pastor --Flávio é filho biológico de Flordelis e Lucas filho adotivo do casal.

Apesar de o suspeito confesso ter dito à polícia que atirou seis vezes --a informação está em linha com o que disse a própria deputada em entrevista ao site gospel PlenoNews, ocasião em que falou ter ouvido seis disparos--, o corpo do pastor teve 30 perfurações de tiros, de acordo com informações preliminares da polícia.

Na entrevista ao site, Flordelis questionou o laudo necroscópico da polícia que aponta as 30 perfurações. "Não. E isso é uma inverdade. Nós ouvimos apenas seis tiros. Estão falando em 30 tiros, 60 tiros. E vão inventando. Ele teve 12 perfurações, e mais as duas perfurações que encontraram no carro. Ou seja, um total de 14", disse.

Uma arma foi localizada na última terça (18) no quarto de Flávio na residência do casal em Niterói. A delegada Bárbara Lomba afirmou que havia uma primeira indicação de que arma foi usada no crime. Um perito da Polícia Civil confirmou ao UOL que essa arma passou por perícia preliminar e foi a usada no crime.

A arma de calibre 9 mm ainda está na delegacia e será posteriormente periciada pelo Instituto Carlos Éboli para confronto balístico --o teste consiste em confrontar as ranhuras dos estojos das balas, que são uma espécie de impressão digital da arma, com as ranhuras das balas que atingiram o corpo do pastor.

Marcello Ramalho, advogado que a representa a família, foi hoje à Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Em breve declaração à imprensa ao deixar o local, ele disse apenas que não teve acesso ao inquérito.

O UOL não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos após a polícia informar que Flávio confessou ter matado o pastor com seis tiros.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da deputada ainda não se manifestou sobre a decretação das prisões dos filhos por envolvimento no assassinato tampouco sobre o fato de Flávio ter confessado que atirou seis vezes contra o pastor.

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