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"Estamos revidando violência, e o resultado é morte", diz Wilson Witzel

Governador do RJ associou sequestro de ônibus ao crime organizado, "que estimula a violência nas comunidades" - Reprodução
Governador do RJ associou sequestro de ônibus ao crime organizado, 'que estimula a violência nas comunidades' Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

20/08/2019 14h02

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou hoje que as autoridades de segurança estão "revidando" a violência de criminosos do estado e que isso está resultando em mortes. A declaração foi dada em entrevista no Palácio Guanabara após Willian Augusto, homem que sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói durante a manhã, ser baleado e morto. O governador usou o fato para reforçar a política de segurança pública adotada em sua gestão.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, Willian portava um revólver 38, um taser (aparelho de choque), uma faca e um galão de gasolina ao ser alvejado. A Polícia Militar, por sua vez, afirma que o sequestrador tinha apenas uma arma de brinquedo.

"Venho defendendo que aqueles que estão portando fuzil são ameaça real e devem ser abatidos. A sociedade é vítima de criminosos que ostentam armamento bélico. Se a polícia tiver autorização para fazer o trabalho que tiver de fazer, certamente muitas vidas serão poupadas. Meu entendimento é que quem porta fuzil, que é arma de guerra, está colocando sociedade em risco e deve ser abatido", afirmou Witzel. Não há informações de que o sequestrador portasse um fuzil.

"Até quando vamos ser lenientes com essa carnificina patrocinada por organizações criminosas? Não importa porque decidiram empunhar um fuzil, mas há uma saída, nós estamos dando. Essa pessoa será julgada, será colocada em uma penitenciária. Hoje estamos revidando violência e o resultado é morte. Se fizermos prevenção, quantas vidas não poderemos salvar? Até quando vamos permitir essa violência nas comunidades?", questionou.

Em sua entrevista coletiva, o governador do RJ ainda associou o sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói ao crime organizado.

"Enquanto criminosos desfilarem em bailes funk com armas de guerra, estaremos chorando vítimas e recebendo dezenas de corpos todos os meses. Tenho na minha convicção que o fato que ocorreu hoje tem vínculo com crime organizado, que estimula a violência nas comunidades", completou.