Filha é presa no velório do pai suspeita de ser mandante do crime em MG
Uma mulher foi presa no velório do pai em Uberlândia (MG), suspeita de ser a mandante do crime. De acordo com a polícia, Maíza Souza e Souza, 38, teria pago R$ 10 mil para um grupo praticar o crime. Ela nega participação no crime.
Além dela, Elias de Paula Morais, 34, Samuel Matos de Souza, 41, e Hanner Wallison Machado de Lima, 27, foram presos em flagrante suspeitos de participação no assassinato. A polícia também apreendeu um menor de idade com quem foi encontrada a arma utilizada para matar o idoso de 71 anos.
Lourival Camilo de Souza foi assassinado quando chegava para trabalhar, no distrito industrial da cidade. Ele foi encontrado sem vida, com três marcas de tiros, na manhã de ontem. O idoso trabalhava em uma empresa às margens do Anel Viário Norte de Uberlândia. Não foi divulgado qual era o ramo de atuação dele.
A principal linha de investigação da polícia é que a filha planejou o crime por motivo financeiro, possivelmente uma disputa por patrimônio. "Essa é a nossa primeira linha de investigação e a mais provável até o momento", disse o delegado Fábio Ruz.
Maíza, 38, disse ao ser presa que é inocente e fez acusações contra outros parentes. "Eu não mandei fazer isso, moço. Isso vai ficar esclarecido porque por trás disso tem uma longa história de um processo que vem rodando com o meu pai com uma situação da minha ex-cunhada desde 2015...É a separação do meu irmão com ela, que envolve meu pai e meu irmão em uma empresa", alegou a suspeita.
O delegado informou que Maíza, Elias, Samuel e Hanner deverão responder por homicídio qualificado, por envolver recompensa financeira. Já o menor deve responder por delito análogo ao crime de homicídio.
Denúncia anônima levou aos suspeitos
A polícia chegou aos suspeitos após receber uma denúncia anônima. O preso suspeito de autor dos disparos foi encontrado em um motel da cidade e indicou o paradeiro do restante do grupo.
Um adolescente de 17 anos foi apreendido com a arma usada para matar o idoso. Ele alegou à polícia que não participou do crime, mas foi procurado para guardar a arma calibre 7.65.
Em outra casa, os investigadores localizaram um homem que afirmou ser funcionário do idoso morto e que o assassinato foi "orquestrado" pela filha de Lourival. Ele alegou ter intermediado o contato da mulher com o atirador, mas não teve participação direta.
O quarto suspeito preso teria confessado à polícia que alugou a arma para matarem o empresário, mas também negou ter envolvimento no crime. De acordo com a investigação, o valor de R$ 10 mil pago pela filha seria dividido entre os quatros suspeitos.
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