Topo

Jovem é achada morta após dois dias desaparecida em SP; suspeito é preso

O corpo de Daira foi encontrado em uma área rural de Ibirá (SP) - Reprodução/Redes sociais
O corpo de Daira foi encontrado em uma área rural de Ibirá (SP) Imagem: Reprodução/Redes sociais

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

12/09/2019 13h32

A Polícia Civil encontrou na tarde de ontem o corpo de Daira Nogueira dos Santos, 22, em uma área rural de Ibirá, interior de São Paulo. A jovem era moradora de São José do Rio Preto, cidade a 40 quilômetros de onde o corpo foi localizado, e estava desaparecida desde a noite de segunda-feira (9), quando saiu de casa dizendo que iria ao shopping.

De acordo com a polícia, o corpo da jovem tinha sinais de enforcamento e um tiro no rosto. O motoboy André Luis de Oliveira, 38, foi preso suspeito de ser o autor do crime. Ele alegou ser amigo da vítima e teria confessado o assassinato. Segundo a polícia rodoviária, que realizou sua detenção, ele disse que pretendia fugir para o Paraguai.

A delegada Cristina Santana, da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), afirmou que André Luis alegou que ele e Daira tinham um relacionamento afetivo. Os dois teriam discutido, e o motoboy alega que teria recebido um tapa no rosto da vítima.

"Eles estavam de moto saindo da cidade, quando ele parou o veículo em um local ermo às margens da rodovia. Eles teriam tido uma discussão, e ele atirou no rosto dela. Aparentemente ele premeditou o crime, pois estava armado", explica a delegada.

Porém amigos da vítima contestam a versão dada pelo suspeito à polícia. De acordo com eles, que pediram para não serem identificados, os dois não tinham um relacionamento e o suspeito seria apaixonado pela vítima, mas não era correspondido.

Depois de confessar o assassinato e apontar onde o corpo estava, André foi levado para a Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) e permanece à disposição da justiça.

"Ele não demonstra arrependimento e contou como tudo aconteceu tranquilamente. Ele vai ser indiciado por feminicídio qualificado por motivo fútil e também ocultação de cadáver", afirma Cristina.

A arma usada no crime ainda não foi encontrada pela polícia. O suspeito ainda não tem defesa constituída.