Crivella fala em possível ação criminosa; hipótese é prematura, diz polícia
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), esteve hoje pela manhã no hospital Badim, que foi atingido por um incêndio na noite de ontem deixando ao menos dez mortos. Ele decretou luto oficial de três dias e disse que a investigação vai apontar "se houve, inclusive, ação criminosa". Já a polícia diz que é "completamente prematuro" falar em hipótese de incêndio criminoso porque a perícia não foi concluída.
"Uma cena horrível. Tudo preto, com aquela fuligem preta, tudo coberto no chão. Uma das cenas mais tristes que já vi", declarou o prefeito a jornalistas. "Agora, responsável, o laudo vai dizer se houve, inclusive, alguma ação criminosa. Mas, desgraçadamente, acidentes ocorrem no Rio, no Brasil e no mundo (...) Confesso a vocês que na hora que vi todas as instalações, peço a Deus que eu esteja errado, mas é uma coisa que infelizmente tem ser investigada, se houve uma sabotagem.", diz.
O prefeito disse não acreditar em falta de manutenção no local. "Tive a oportunidade de andar pelo hospital. Tem extintor de incêndio, tem brigada de incêndio, porta corta-fogo, as instalações são novas. Infelizmente nós tivemos aqui um acidente de difícil prevenção".
"Esse é um dos melhores hospitais da rede privada. Temos que investigar todas as possíveis causas e, embora tristes, sair daqui desse incêndio mais fortes. A cidade amanheceu arrasada, triste, estamos em luto oficial", completou.
Delegado diz que é prematuro falar em ação criminosa
Delegado responsável pelo caso, Roberto Ramos disse que é cedo para falar em hipótese de incêndio criminoso. "Completamente prematuro. Nós somos técnicos, fazemos uma avaliação técnica e, para isso, a perícia da Polícia Civil está aqui.
Segundo ele, a maior dificuldade é o acesso ao local por causa do calor e da fumaça, que ainda está presente na edificação.
Dados preliminares apontam que um curto-circuito no gerador que fica localizado no subsolo de um dos prédios teria causado o fogo, no entanto, a polícia também investigará isso. "Sabemos que o fogo chegou ao gerador, mas estamos vendo o foco primário para saber se realmente o foco primário foi no gerador ou não", explicou.
*Colaborou Lola Ferreira, no Rio
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