'Minha mãe foi assassinada', diz filho de vítima de incêndio em hospital
O parente de uma das vítimas do incêndio no hospital Badim, instituição particular localizada na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, disse que em nenhum momento uma brigada de incêndio se apresentou para auxiliar no socorro aos pacientes. Onze pessoas morreram.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Emanuel Ricardo, filho de Luzia dos Santos Melo, que tinha 88 anos, contou que a mãe estava no CTI no 1º andar. Segundo ele, que acompanhava a idosa, primeiro houve uma queda de energia e depois veio a fumaça.
"Em nenhum momento se apresentou uma brigada de incêndio. Ninguém providenciou uma máscara para a minha mãe. Eu fiquei o tempo todo com ela, fui interrompido pelos bombeiros, que não deixaram eu sair com a minha mãe, agiram com truculência. Eu tenho certeza absoluta: minha mãe foi assassinada dentro do Badim porque deixaram. Não teve fogo, minha mãe morreu asfixiada", disse ele à emissora.
Segundo o hospital, o incêndio foi provocado por um curto-circuito em um gerador na antiga unidade — o hospital tem dois prédios, um com 19 anos de fundação, conforme informado no site da instituição, e outro inaugurado em 2018.
Questionado sobre queixas em relação ao trabalho da corporação, o coronel Luciano Sarmento disse entender a dor das pessoas que perderam um ente querido, mas diz que os bombeiros precisavam agir para evacuar a área e preservar vidas. "A gente tem que ter energia num resgate desses e, às vezes, as pessoas confundem isso com truculência, mas entendo que as pessoas estejam consternadas", disse em entrevista à TV Globo.
A direção do hospital informou que só se manifestará depois que o Corpo de Bombeiros terminar o trabalho e liberar o acesso ao prédio. Ontem, a instituição emitiu nota lamentando o ocorrido.
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