Adolescente morre após ser chicoteado no MS; motivo seria briga em futebol
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga o assassinato de um adolescente de 16 anos, morto a chicotadas no último domingo (29/9). A principal suspeita é de que a agressão tenha sido motivada por uma briga entre a vítima e o pai de outro menor durante uma partida de futebol disputada horas antes.
O crime aconteceu na Colônia São Domingos, vilarejo rural em meio à área do Pantanal de Corumbá (MS). Distante 100 km do centro da cidade, o acesso ao local só é possível por meio de barco.
Segundo a polícia, A.M.V. voltava de um jogo ao lado de um amigo, de 14 anos, quando foi cercado pelos homens e começou a apanhar com um chicote feito com rabo de tatu em todas as partes do corpo, principalmente na cabeça. A ação teria durado 15 minutos. Chamado pelos pantaneiros de 'peiteira argola', o objeto é utilizado em cavalos, bois e touros selvagens.
Segundo o amigo ouvido pela polícia no boletim de ocorrência, o adolescente, bastante ferido, saiu cambaleando em direção a uma estrada do vilarejo, e caiu no chão ainda respirando. O corpo foi encontrado no dia seguinte.
"A testemunha correu assustada para sua casa e só contou aos familiares do ocorrido na manhã de ontem (segunda)", disse ao UOL o delegado Sam Ricardo Aranha Suzumura, titular do 1° DP de Corumbá e responsável pelas investigações.
Segundo Suzumura, o adolescente assassinado foi jurado por um pai do time adversário contra o qual ele jogava após uma entrada mais violenta em campo. "Essas ameaças aconteciam constantemente nas partidas, há semanas", disse o delegado.
Dois dos quatro suspeitos já foram identificados pela polícia e estão sendo procurados.
Suzumura disse que o mentor do crime teria confessado a familiares e dito que pretende se entregar aos investigadores.
O corpo do jovem foi liberado pelo Instituto Médico e Odontológico Legal da cidade na manhã de hoje e sepultado no fim da tarde.
"É um caso de bastante comoção, que mexeu com uma comunidade pequena inteira. Como já identificamos os principais responsáveis devemos ouvir mais pessoas tão logo as prisões sejam oficializadas. Por enquanto, o momento é de luto", disse o delegado.
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