Em cinco meses, Fortaleza tem segundo prédio desabado
O prédio de sete andares que desabou na manhã de hoje, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, deixando várias pessoas sob os escombros, é o segundo edifício a desabar na capital cearense em um período de cinco meses. Em 1º de junho, outro prédio residencial, no bairro Maraponga, caiu. A distância entre um ponto e outro é de 12 km.
Na tarde de 1º de junho deste ano, 16 famílias tiveram que deixar seus apartamentos, às pressas, depois que moradores ouviram ruídos e viram rachaduras na base do prédio. Toda a área foi interditada pelo Corpo de Bombeiros. Horas depois, parte do edifício caiu. Ninguém ficou ferido.
Por segurança, à época, outros 12 imóveis nas intermediações também foram esvaziados. A Defesa Civil de Fortaleza informou que esteve no prédio duas vezes antes do incidente e que, ao constatar os riscos, orientou os moradores a procurarem um engenheiro. O prédio não tinha alvará e o terreno havia sido afetado por um vazamento de água.
Em 1º de outubro, a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou os donos do prédio pelos crimes de desabamento e de dano qualificado. Laudo emitido pela perícia forense do estado apontou que o local tinha erros básicos como, por exemplo, ter sido construído em um solo com características que possibilitavam o colapso, além de ter erros de projeto e de execução.
Em nota, a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social) informou que "no total, cerca de 30 famílias foram prejudicadas diretamente e indiretamente, pois as residências do entorno do prédio precisaram ser interditadas até que fosse concluída a demolição completa do prédio, que foi realizada em etapas e finalizada no início do mês de julho".
A defesa dos donos do prédio informou que as famílias que ficaram desabrigadas foram chamadas para receber indenizações.
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