Menina de 11 anos morre por desnutrição após jejum forçado, diz polícia
Resumo da notícia
- Menina de 11 anos morreu por desnutrição
- Polícia diz que mãe e padrasto a fizeram jejuar por três dias como castigo
- Os dois foram presos e responderão por tortura seguida de morte
Uma menina de 11 anos morreu por desnutrição, na última quinta-feira (24), em Ubatuba (litoral norte de São Paulo), após jejuar por três dias, como forma de punição, segundo a polícia.
A mãe e o padrasto da vítima foram presos ontem suspeitos de obrigar a criança a ficar sem comer para "corrigir seu comportamento".
Na última quinta-feira, a mãe e o padrasto levaram a menina até a Santa Casa da cidade, porém, segundo a polícia, ela já chegou sem vida ao hospital. Os médicos atestaram que ela estava desnutrida e pálida.
A polícia foi chamada e solicitou exames periciais junto ao Instituto Médico Legal (IML), que atestou a causa da morte como inanição —que é um estado de debilidade extrema, provocado por falta de alimentação.
De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher, que investiga o caso, a mãe da menina, que tem 26 anos, se mudou para Ubatuba há um ano, com o marido, de 47, que é padrasto da vítima, e os dois filhos, a menina de 11 e um menino de 8.
A polícia informou que, em depoimento na tarde de ontem, a mãe confessou que a filha estava orando e jejuando havia três dias, desde a última terça-feira (22), e que só permitia que ela bebesse água.
Segundo a mulher, ela e o marido costumavam aplicar esse castigo para corrigir seu comportamento, como contar mentiras.
Ela também disse que mantinha a filha presa, dentro de seu apartamento, há cerca de cinco meses. A criança dormia no chão em cima de uma placa de EVA (borracha).
A mãe ainda teria dito que outro filho também era submetido a esse tipo de punição, como ficar sem comer por vários dias ou ficar trancado em casa. Ele foi encaminhado para um abrigo local e está sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Após a confissão, os suspeitos foram presos em flagrante. Eles devem responder pelos crimes de tortura seguida de morte, sequestro, cárcere privado e abandono intelectual.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de defesa dos suspeitos.
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