Topo

Esse conteúdo é antigo

Equipe da Aeronáutica irá investigar causa de queda de bimotor na Bahia

Avião cai e pega fogo durante pouso em resort na Bahia - Reprodução/Twitter
Avião cai e pega fogo durante pouso em resort na Bahia Imagem: Reprodução/Twitter

Flávio Costa

Do UOL, em São Paulo

15/11/2019 14h29

Uma equipe de investigadores do Seripa II (Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico) já se deslocou até o litoral sul da Bahia para começar a apuração sobre as causas da queda de um bimotor que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras nove feridas.

O acidente aconteceu durante uma tentativa de pouco na pista de um resort em Barra Grande, no município de Maraú, a cerca de cinco horas de Salvador.

O Seripa II é o órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que pertence à estrutura da Força Aérea Brasileira. Agentes da delegacia de Barra Grande já fizeram os primeiros levantamentos sobre o caso, já que um inquérito policial também foi aberto.

De acordo com assessoria da FAB, os investigadores militares já começaram a "Ação Inicial" da apuração: "É o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos".

A investigação tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

De acordo com o consórcio VOA-SP, que administra aeroportos no interior de São Paulo, o bimotor decolou "normalmente" do aeroporto estadual Comandante Rolim Adolfo Amaral, em Jundiaí (SP), às 11h30 de ontem.

A aeronave, fabricada em 1981, é um bimotor Cessna AirCraft de prefixo PT-LTJ, modelo 550, e pertence ao empresário João José Abdalla Filho, conhecido como Juca Abdalla.

Ex-piloto tem 80% do corpo queimado

Um dos nove sobreviventes teve 80% do corpo queimado e foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, durante a madrugada, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O hospital é referência no tratamento de queimaduras.

A vítima é o ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha, de 30 anos. Além dele, outros cinco sobreviventes estão internados no hospital. São eles: Fernando Oliveira Silva, de 26 anos; Marrie Cavelan, de 27 anos; Eduardo Trajano Telles Elias, de 38 anos; Eduardo Mussi e uma criança de 6 anos.

A lista de sobreviventes ainda inclui Marcelo Constantino Alves, de 26 anos, e o piloto da aeronave, Aires Napoleão Guerra.

O hospital não divulgou qual a gravidade das queimaduras e nem o estado de saúde da vítimas internadas. De acordo com a GloboNews, o HGE deve receber ainda a transferência de sobreviventes que estão no Hospital Municipal de Salvador, entre eles Maysa Mussi, e no Hospital do Subúrbio.

De acordo com a Sesab, não há previsão de transferência dos pacientes para hospitais de outro estado.

A jornalista Marcela Brandão Elias, 37, foi a única vítima fatal do acidente. Ela estava no avião com a irmã Maysa, casada com Eduardo Mussi — irmão do deputado federal Guilherme Mussi (PP-SP) — e teria ficado presa nos destroços. O filho dela de 6 anos está entre os sobreviventes.

A família Mussi é uma das mais tradicionais e ricas de São Paulo e tem uma casa de veraneio em Barra Grande. Segundo moradores da região, a família sempre se desloca de avião até Maraú, de onde pega um helicóptero para uma das suas propriedades.

Avião de pequeno porte cai ao tentar pousar em resort na Bahia

Band Entretenimento