Equipe da Aeronáutica irá investigar causa de queda de bimotor na Bahia
Uma equipe de investigadores do Seripa II (Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico) já se deslocou até o litoral sul da Bahia para começar a apuração sobre as causas da queda de um bimotor que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras nove feridas.
O acidente aconteceu durante uma tentativa de pouco na pista de um resort em Barra Grande, no município de Maraú, a cerca de cinco horas de Salvador.
O Seripa II é o órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que pertence à estrutura da Força Aérea Brasileira. Agentes da delegacia de Barra Grande já fizeram os primeiros levantamentos sobre o caso, já que um inquérito policial também foi aberto.
De acordo com assessoria da FAB, os investigadores militares já começaram a "Ação Inicial" da apuração: "É o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos".
A investigação tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.
De acordo com o consórcio VOA-SP, que administra aeroportos no interior de São Paulo, o bimotor decolou "normalmente" do aeroporto estadual Comandante Rolim Adolfo Amaral, em Jundiaí (SP), às 11h30 de ontem.
A aeronave, fabricada em 1981, é um bimotor Cessna AirCraft de prefixo PT-LTJ, modelo 550, e pertence ao empresário João José Abdalla Filho, conhecido como Juca Abdalla.
Ex-piloto tem 80% do corpo queimado
Um dos nove sobreviventes teve 80% do corpo queimado e foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, durante a madrugada, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O hospital é referência no tratamento de queimaduras.
A vítima é o ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha, de 30 anos. Além dele, outros cinco sobreviventes estão internados no hospital. São eles: Fernando Oliveira Silva, de 26 anos; Marrie Cavelan, de 27 anos; Eduardo Trajano Telles Elias, de 38 anos; Eduardo Mussi e uma criança de 6 anos.
A lista de sobreviventes ainda inclui Marcelo Constantino Alves, de 26 anos, e o piloto da aeronave, Aires Napoleão Guerra.
O hospital não divulgou qual a gravidade das queimaduras e nem o estado de saúde da vítimas internadas. De acordo com a GloboNews, o HGE deve receber ainda a transferência de sobreviventes que estão no Hospital Municipal de Salvador, entre eles Maysa Mussi, e no Hospital do Subúrbio.
De acordo com a Sesab, não há previsão de transferência dos pacientes para hospitais de outro estado.
A jornalista Marcela Brandão Elias, 37, foi a única vítima fatal do acidente. Ela estava no avião com a irmã Maysa, casada com Eduardo Mussi — irmão do deputado federal Guilherme Mussi (PP-SP) — e teria ficado presa nos destroços. O filho dela de 6 anos está entre os sobreviventes.
A família Mussi é uma das mais tradicionais e ricas de São Paulo e tem uma casa de veraneio em Barra Grande. Segundo moradores da região, a família sempre se desloca de avião até Maraú, de onde pega um helicóptero para uma das suas propriedades.
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