Paraisópolis: Vítima relata chutes de PM e diz que ambulância os ignorou
Uma vítima da tragédia que matou nove jovens em um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, relatou hoje que teria recebido chutes de um policial militar, quando já estava sem ar e com sangramento na perna, e que a ambulância do Samu requisitada por ela teria passado rápido pelo local e ignorado a cena.
"Eles estavam muito rápido. Aí, meu irmão ainda acenou para eles. Só que eles não pararam. Ignoraram. Aí, foi quando eu decidi pegar o ônibus. A gente foi para a Santa Casa, depois para a UPA e, da UPA, para o Hospital São Paulo", contou ela ao "Jornal Hoje", da TV Globo.
Ela disse que se feriu após a explosão de uma bomba, que também feriu seu irmão. "Machucou minha perna. A minha perna começou a sangrar. Na hora, parecia que estava toda rasgada, foi horrível. E o meu irmão foi no olho", relatou a vítima, que ligou para o socorro.
"E como eu também estava com falta de ar, eu estava muito machucada e não vi ele [um policial militar] na minha frente. Aí, quando eu vi, ele já estava em cima. Ele pegou e começou a me chutar", completou a vítima, que pediu para não ser identificada pela reportagem.
"Foi quando eu falei com a atendente [do Samu]. Ela me mandou ter calma. Eu falei para ela que não dava, porque tinha muita gente machucada. Que eu e meu irmão estávamos muito mal. Ela falou que não tinha previsão para o Samu porque tinha gente de outros lugares machucada também, e com prioridade", concluiu ela. Posteriormente, ela diz que a ambulância passou e os ignorou.
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