Mulher é presa em Minas Gerais após dizer a taxista que não gosta de negro
Resumo da notícia
- Mulher foi presa ontem em MG após dizer a um taxista que não gosta de negro
- "Precisando de táxi estou mesmo, só que eu não ando com negro", teria dito ela, segundo boletim de ocorrência
- De acordo com o documento, a mulher teria admitido ser racista
- Na delegacia, segundo o boletim, ela também teria agredido verbalmente uma policial
Uma mulher de 36 anos foi presa ontem em Belo Horizonte após dizer a um taxista que não gosta de negro, admitir ser racista, cuspir no pé dele e desacatar uma policial na delegacia. Segundo a Polícia Militar, ela teria cometido os crimes de desacato, desobediência e injúria racial, com autuação em flagrante.
De acordo com a polícia, vários policiais presenciaram as ofensas verbais. Como a pena pelos crimes soma mais de quatro anos, pela lei, não coube fiança.
Segundo o boletim de ocorrência, o taxista Luis Carlos Alves Fernandes, 51, estava parado no início da tarde de ontem em um ponto da avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho, perto do prédio da Justiça Federal, quando viu Natalia Burza Gomes Dupin tratando de maneira "grosseira", e com palavrões, um senhor que seria o pai dela.
Fernandes disse à PM ter se sentido "indignado" e perguntou ao idoso se ele precisava de um táxi. Nesse momento, a própria suspeita teria respondido com uma fala de cunho racista. "Precisando de táxi estou mesmo, só que eu não ando com negro", aponta o registro policial.
Ao alertar a suspeita de que o ato configura crime, a mulher admitiu ser racista, de acordo com o boletim de ocorrência. "Eu não gosto de negro mesmo, eu sou racista", relatou o taxista aos militares. Em seguida, ela teria cuspido no pé de Fernandes.
Pelos registro da polícia, com a chegada da PM as ofensas continuaram. A mulher teria se negado a dar informações a um policial por ele ser negro.
Na delegacia, de acordo com o boletim de ocorrência, quando uma policial pediu para ela se sentar e aguardar, teria ouvido outra agressão verbal. "Sua sapata", proferiu a mulher, informou o boletim. Além disso, ela também teria dito para outra pessoa, não informada, que "essa merda entrou na minha frente", se referindo à policial.
Com a voz de prisão, a mulher foi levada para a central de flagrantes da Polícia Civil e encaminhada hoje para uma prisão ainda não informada.
A reportagem tenta contato com a defesa da suspeita.
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