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Suspeitos de ordenar ataques criminosos no CE são alvo de operação

24.set.2019 - Dois ônibus escolares são incendiados na porta da prefeitura de Jucás, no Ceará - Reprodução
24.set.2019 - Dois ônibus escolares são incendiados na porta da prefeitura de Jucás, no Ceará Imagem: Reprodução

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

18/12/2019 12h09

Trinta e uma pessoas suspeitas de integrar organização criminosa que ordenou e executou a série de ataques criminosos que atingiu Fortaleza e cidades da região metropolitana, ocorrida no mês de setembro, são alvo de operação deflagrada na manhã de hoje nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraná.

No mês de setembro, Fortaleza e cidades da região metropolitana sofreram uma série de ataques criminosos com incêndios a ônibus, caminhões, carros de prefeituras, além de invasões e vandalismo em agências bancárias. O governo do Ceará identificou que as ordens dos ataques saíram de dentro de presídios e transferiu os suspeitos de liderar as ações criminosas para presídios federais.

Os suspeitos vão responder, de acordo com suas condutas, pelos crimes de dano, incêndio, participação em organização criminosa e dentre outros que forem verificados nas investigações.

A Operação Reino de Aragão pretende desarticular lideranças da organização criminosa que atuou nos ataques. Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 31 mandados de prisão preventiva expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Justiça do Estado do Ceará.

Dentre os suspeitos, há uma advogada que está presa no presídio de Itaitinga (CE) que foi detida em flagrante por repassar recados de presos para outros integrantes do grupo criminoso.

Além disso, o alvo da operação tem integrantes e fundadores da facção criminosa a qual foi atribuída a responsabilidade pelos ataques no Ceará. Os nomes dos presos e dos procurados pela polícia ainda não foram divulgados.

"Os mandados de prisão foram expedidos em desfavor de pessoas envolvidas diretamente nas atividades da organização, inclusive algumas que se encontram atualmente presas nas penitenciárias federais de Mossoró (RN) e Catanduvas (PR) e em presídios estaduais do Ceará e da Paraíba", informou o Ministério Público Estadual.

O Ministério Público informou que líderes da organização criminosa articulavam os crimes de dentro dos presídios do Ceará e ordenavam que integrantes do grupo executassem o plano. "As ordens eram planejadas por essas lideranças e executadas por outros integrantes da mesma organização criminosa que se encontravam em liberdade", disse.

A ação é da Polícia Federal em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), do Ministério Público do Estado do Ceará, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e a SSPDS (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará), por meio das polícias Civil e Militar.