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Polícia pede prisão temporária de suspeito de atear fogo em morador de rua

Suposto agressor foi identificado e localizado; caso é investigado pelo 18º DP (Alto da Mooca), na zona leste de São Paulo - Reprodução/Google Maps
Suposto agressor foi identificado e localizado; caso é investigado pelo 18º DP (Alto da Mooca), na zona leste de São Paulo Imagem: Reprodução/Google Maps

Anaís Motta

Do UOL, em São Paulo

07/01/2020 21h54Atualizada em 07/01/2020 23h10

Resumo da notícia

  • Polícia Civil pede a prisão temporária do suspeito de atear fogo em um morador de rua em SP
  • Suposto agressor foi identificado e encontrado pela polícia, mas não teve o nome revelado
  • A polícia ainda aguarda o aval da Justiça, o que deve acontecer nas primeiras horas de amanhã
  • Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, foi queimado vivo enquanto dormia

A Polícia Civil pediu hoje a prisão temporária do suspeito de atear fogo em um morador de rua no último domingo (5). O crime aconteceu durante a madrugada, em frente a um supermercado na rua Celso de Azevedo Marques, na Mooca, zona leste de São Paulo.

Segundo o delegado Glauco Vinicius Silva, do 18º DP (Distrito Policial), que acompanha o caso, o suspeito foi identificado e encontrado pela polícia. Sua identidade não foi revelada para que as investigações não sejam prejudicadas.

Agora, a polícia aguarda o aval da Justiça para prender o suposto agressor. Ainda de acordo com o delegado, esse retorno deve ser dado nas primeiras horas de amanhã.

Questionado sobre as investigações, Silva não deu muitos detalhes, mas garantiu que a polícia acompanha o suspeito de perto e tem condições de interceptá-lo caso tente fugir antes de ser preso.

O delegado ainda disse ser pouco provável que o suspeito consiga provar que não ateou fogo no morador de rua "porque quis".

O crime

Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento em que uma pessoa se aproxima de Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, e joga algum tipo de substância líquida sobre a vítima. Em seguida, uma explosão acontece e o suspeito do ataque foge.

Carlos, que estava dormindo no momento do crime, chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros ainda com vida. Ele foi internado no Hospital Municipal Doutor Carmino Caricchio, mais conhecido como Hospital do Tatuapé, mas não resistiu às queimaduras e morreu no mesmo dia.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou a morte ontem e informou, em nota, que o corpo de Carlos foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Um recipiente encontrado no local foi encaminhado para a perícia, que ainda analisa a evidência. Segundo Silva, as investigações indicam se tratar de um tipo de combustível comercializado em postos, como gasolina ou etanol.

"O laudo confirmando [a substância utilizada no ataque], a gente vai atrás de onde ele comprou esse combustível também", garantiu o delegado.