Chuva derruba muro, que engole carros e interdita imóveis em bairro de SP
Resumo da notícia
- Muro de condomínio desabou após chuva que atingiu a capital paulista
- Queda atingiu estacionamento, que teve carros "engolidos" por cratera
- Imóveis de bairro da zona leste de São Paulo foram interditados
A forte chuva que atingiu São Paulo entre ontem e hoje fez com que um muro de um condomínio de casas cedesse na zona leste de São Paulo. A queda criou uma cratera em um estacionamento vizinho, engolindo três carros e interditando 25 casas, além de uma fábrica na Vila Carmosina.
O terreno que cedeu funciona como um estacionamento para carros e motos há dois anos. Quem administra o estacionamento é Célio Pereira Santos, 38. "Antes do estacionamento, aqui era um terreno baldio. Um carro caiu e dois ficaram suspensos. Um dos que ficaram suspensos foi retirado durante a manhã", afirmou.
Santos afirmou que passou a manhã procurando os donos dos carros que estavam no estacionamento para que pudessem ser retirados. "A Defesa Civil interditou o terreno e parte das casas vizinhas. Então, a ideia é liberar aqui e, depois, ver se conserta e o que pode acontecer".
De acordo com vizinhos do condomínio que teve o muro cedido, rachaduras eram vistas no local há tempos, o que gerava preocupação. "Nunca pensamos que poderia chegar a isso. Ninguém morreu, mas poderia ter morrido. Podia ser eu, você, minha filha, qualquer pessoa. As pessoas têm que ter responsabilidade na hora de fazer uma obra", disse a cabeleireira Vânia Silva, 49, moradora da mesma rua.
Segundo o engenheiro da prefeitura responsável por verificar o que ocorreu, Arnaldo Carvalho, o fator preponderante para o incidente foi a forte chuva, mas uma má instalação de encanamento do condomínio também pode ter colaborado. "Agora, como o muro é particular, do condomínio, o responsável pelo condomínio deve consertar. Mas, antes, é liberar todas as pessoas da área interditada", disse.
Com a queda do muro, parte da área de lazer de uma casa do condomínio foi abaixo. Parte das famílias do condomínio deixou a região e foi para a casa de parentes ainda pela manhã. Outra parte diz não saber o que fazer. A prefeitura diz que fornecerá abrigo às famílias que necessitarem.
O aposentado Antonio Santos Sousa, 73, que vive na região há cerca de 30 anos, disse que acordou por volta da 0h de hoje com o barulho. "Foi muito alto. Acordei e fiquei assustado. Moro a três casas de distância. Comigo não aconteceu nada, graças a Deus, mas a gente fica com pena", diz.
A forte chuva que atingiu São Paulo entre ontem e hoje provocou 60 pontos de alagamento, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), órgão da prefeitura. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 89 árvores caíram, houve 36 desabamentos. Ao todo, 7.637 raios foram registrados na Grande SP.
Em nota, a prefeitura de São Paulo disse que "engenheiros e agentes vistores estiveram no local avaliando a situação dos imóveis e responderam dúvidas dos moradores quanto à identificação de responsáveis e procedimentos jurídicos".
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