MP pede bloqueio de bens da Backer para indenizações e tratamentos
Resumo da notícia
- Na ação, Promotoria quer bloqueio de bens da Backer para pagar tratamentos de vítimas
- Consumidores da cerveja da empresa morreram após ingerir a bebida produzida em MG
O MP (Ministério Público) de Minas Gerais moveu hoje uma ação contra a cervejaria Backer para defender os consumidores que foram intoxicados pelas bebidas fabricadas pela empresa. O MP quer o bloqueio de bens da empresa para que eles sejam utilizados em indenizações, além de pagar tratamentos das pessoas que foram afetadas.
Na última semana, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou a sexta morte suspeita de contaminação por dietilenoglicol após consumo das cervejas Backer. Destas seis mortes, quatro tiveram confirmação de que havia a intoxicação pela substância. Ainda segundo a secretaria, foram notificados 31 casos suspeitos de intoxicação —26 homens e cinco mulheres. A Polícia Civil de Minas Gerais também investiga o caso.
Na ação, o MP pede também que a cervejaria abra um canal de informações para que os consumidores saibam como proceder caso demonstrem sintomas de intoxicação ou tenham consumido as bebidas.
Os promotores requereram ainda a tutela de urgência antecipada na ação —medida processual que permite ao autor obter antecipadamente os direitos que são pleiteados— para que a cervejaria seja obrigada a pagar os tratamentos e demais gastos das vítimas.
Em nota, a promotora Silvia Altaf Cedrola afirmou que a intenção é conseguir uma indenização imediata às vítimas, posto que a cervejaria, segundo o MP-MG, não cumpriu acordo firmado com a Justiça.
Procurada pela reportagem, a Backer não se manifestou até o momento.
Inquérito completou um mês
O inquérito criminal que a Polícia Civil de Minas Gerais instaurou para apurar as causas e os responsáveis pela síndrome nefroneural atribuída ao consumo de cervejas Backer completou um mês neste sábado (8). A 4ª Delegacia de Polícia de Barreiro investiga 34 casos de intoxicação humana, incluindo as seis mortes.
Ainda segundo a polícia, não há previsão para a conclusão da maioria dos laudos; os que já foram concluídos foram disponibilizados para os advogados que representam a empresa. Também não há prazo definido para a conclusão das investigações.
Segundo a polícia, "o cidadão que tenha consumido o produto e se sinta prejudicado com a ingestão da bebida pode registrar um boletim de ocorrência, com o maior nível de detalhamento possível, em qualquer unidade policial".
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