RJ tem primeiro local de atendimento para vítimas de intolerância religiosa
"Pelo amor que há na fé: eu respeito o seu amém e você respeita o meu axé". Foi com versos de tolerância as religiões no samba enredo que a escola Grande Rio conquistou o segundo lugar no Carnaval 2020. E no mesmo estado do Rio de Janeiro foi inaugurado o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Intolerância Religiosa (Navir), na cidade de Nova Iguaçu. O espaço vai atender pessoas vítimas de preconceito religioso, oferecendo atendimento psicológico e assistencial, além de orientações jurídicas.
O núcleo ainda atuará na prevenção e no combate dessas violações de direitos, principalmente nas áreas em que há templos de religiões de matriz africana. A ideia é criar um banco de dados para que os casos e os boletins de ocorrência em delegacias sejam acompanhados com mais eficácia e também um memorial com utensílios sagrados de templos destruídos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH), são aproximadamente 200 templos religiosos que correm risco de ataques na Baixada Fluminense. Só ano passado foram 132 violações aos templos no estado do Rio de Janeiro. Desses, 102 foram templos de matriz africana e 15 na região em que o Navir atua. Religiões como o catolicismo, protestantismo, rituais wicca e ecumenismo tiveram um registro cada uma, de acordo com dados da Superintendência de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa
O local é o primeiro núcleo do gênero no Brasil, segundo a Coordenadoria de Promoção da Liberdade Religiosa da SEDSDH. A Prefeitura de Nova Iguaçu e o governo do estado assinaram um termo de cooperação para abrir o núcleo, que já está funcionando desde 17 de fevereiro no centro da cidade. O horário de funcionamento é das 9 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.
"As pessoas vítimas de intolerância vão se sentir mais seguras e estimuladas a fazer as denúncias. Agora temos uma voz na Baixada. Já fui ameaçado e agora estou vendo um resultado positivo", disse Roberto Braga ao jornal O Dia. Ele é sacerdote do candomblé de angola na cidade há 34 anos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.