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Tentativa de assalto a banco no RS termina com sete suspeitos mortos

Agência do Banco do Brasil fica destruída depois de tentativa de assalto em Paraí (RS) - Fábio Luz/Rádio Club FM Paraí
Agência do Banco do Brasil fica destruída depois de tentativa de assalto em Paraí (RS) Imagem: Fábio Luz/Rádio Club FM Paraí

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

06/03/2020 12h42

Sete homens foram mortos na madrugada de hoje em um confronto com a Brigada Militar em Paraí, a 216 quilômetros de Porto Alegre. Segundo a BM, o grupo tentou assaltar o Banco de Brasil e a Sicredi com uso de explosivos, mas a ação acabou sendo frustrada. A identificação dos mortos ainda não foi repassada pela polícia.

Os policiais militares tinham informações desde a noite de ontem que haveria um assalto na cidade. A partir disso, começaram a se mobilizar para cercar a região e evitar os crimes. Segundo a Brigada Militar, a quadrilha chegou à cidade em dois veículos - um deles roubado em fevereiro e que estava com placas clonadas. Ainda segundo a corporação, os criminosos estavam se preparando para começar o assalto quando foram abordados e teriam disparado em direção aos PMs, que revidaram.

Os dois bancos ficam a menos de uma quadra de distância, a 110 metros um do outro. Após o confronto, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi chamado para chamado para desarmar explosivos encontrados com os suspeitos.

"Foram encontrados explosivos nos mortos que estavam junto ao Sicredi. O pessoal ainda está fazendo a averiguação dos mortos que estão dentro do Banco do Brasil. Todo o material encontrado muito provavelmente vai ter que ser destruído porque não tem como transportá-los porque é um material improvisado que a gente não sabe como desarmá-lo. Então nesse caso a gente faz uma destruição controlado", afirmou o comandante do Bope, tenente-coronel Douglas da Rosa Soares.

Segundo o oficial, os explosivos não chegaram a ser colocados nos caixas eletrônicos pelos criminosos. "A gente encontrou alguns explosivos em mochilas que estavam junto aos corpos."

"Acordei com um estrondo", diz prefeito

Mesmo morando a quatro quilômetros de distância dos bancos, o prefeito de Paraí, Gilberto Zanotto (PDT), foi acordado com o barulho do tiroteio. "Acordei com um estrondo. Parecia uma bateria de fogos. Liguei para o sargento da BM que me informou que a coisa estava feia e que delinquentes estavam tentando atacar duas agências. Por sorte eles já estavam sendo monitorados e a Brigada Militar conseguiu evitar", conta o chefe do Executivo municipal.

Segundo o prefeito, foram mais de 150 disparos. As ruas próximas ao banco estão bloqueadas, o que dificulta a circulação na cidade. "Para nós é tudo muito novo. Aqui é uma cidade pequena, pacata. A última tentativa de assalto aconteceu em 2013, há sete anos", observa Zanotto.

Um sistema integrado de câmeras de segurança flagrou a ação e, segundo o prefeito, vai auxiliar nas investigações da polícia. A Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) está responsável pelo caso.