Morre bebê infectada pelo coronavírus em UTI de maternidade de Salvador
A bebê de quatro meses que foi infectada pelo novo coronavírus durante internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal da maternidade do hospital Português, em Salvador, morreu na manhã de ontem. A menina nasceu com problemas congênitos e nunca saiu do hospital, pois necessitava de ventilação mecânica. Quatorze profissionais que atuam na UTI neonatal estão com covid-19 e foram afastados.
O Brasil registra 7.025 pessoas mortas por covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, e tem 101.147 infectadas. Os dados são do Ministério da Saúde.
Na Bahia ocorreram 123 óbitos causados pela doença e 3.315 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. A morte da bebê ainda não está nos dados do boletim epidemiológico do governo do estado da Bahia.
Em Salvador, ocorreram 78 óbitos e há 1.857 pessoas infectadas, segundo a Sesab (Secretaria de Estado da Saúde da Bahia).
A bebê testou positivo para covid-19 no dia 28 de março e foi isolada na UTI neonatal. Outros dois bebês apresentaram síndrome gripal, mas, segundo o hospital, os testes deram negativo para o novo coronavírus.
Ela morreu na manhã de ontem, após o caso se agravar. A família não quis falar com a imprensa.
O hospital Português atua na rede de saúde particular e afastou 25 profissionais por estarem com suspeita de infecção pelo novo coronavírus, sendo que 14 já tiveram testagem positiva para covid-19. A unidade hospitalar não informou se todos os 25 profissionais afastados atuavam na UTI neonatal, mas os 14 que testaram positivo atuam no setor.
Apesar do número de profissionais infectados e da bebê com covid-19, o hospital afirmou que trata-se de caso pontual na maternidade. Cerca de 100 profissionais atuam na UTI neonatal.
O Coren (Conselho Regional de Enfermagem) vai fiscalizar as condições da UTI neonatal do hospital Português nesta semana.
O coordenador do comitê de crise de covid-19 no hospital Português, Márcio Peixoto, afirmou que a unidade hospitalar adotou protocolos rígidos para proteger os pacientes que estão internados.
"O hospital Português não está inserido em uma realidade paralela. Vivemos a pandemia como todos os hospitais do mundo em que o controle no que diz respeito à nossa parte é feito 100%, de acordo com todos os protocolos internacionais e do Ministério da Saúde, mas estamos vivendo um período em que a transmissão é comunitária", explicou Peixoto.
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