Justiça do RJ libera instalação de tomógrafo em templo da Universal
Uma decisão da Justiça do Rio liberou o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) a instalar um tomógrafo, utilizado no diagnóstico da covid-19, nas dependências de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus localizado na comunidade da Rocinha, na capital fluminense.
A decisão derruba uma liminar que havia sido concedida na última quarta-feira (13) pela juíza Roseli Nalin, da 15ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, e que impedia a instalação.
Na ocasião, a magistrada considerou não ser "razoável" a instalação de equipamento adquirido pelo poder público em "local diverso, privado, agravado pelo fato de ser uma Igreja de onde o Sr. Prefeito é bispo licenciado".
A decisão que derruba a liminar foi proferida pelo desembargador Rogério de Oliveira Souza, responsável pelo plantão judiciário na noite de ontem.
Ele atendeu a um recurso apresentado pelo município do Rio de Janeiro, que alegou que o local —o estacionamento do templo da Universal— é o único que se mostra viável para a instalação do tomógrafo e de uma enfermaria com 24 leitos na comunidade da Rocinha devido às suas dimensões e do fácil acesso a veículos de qualquer porte.
A decisão de Crivella por instalar o tomógrafo em um templo da Universal causou polêmica e parte da comunidade da Rocinha organizou um panelaço para protestar.
De acordo com moradores da Rocinha, a promessa era que o equipamento fosse instalado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da comunidade - que tem visto o número de casos do novo coronavírus disparar.
À Justiça, no entanto, o município do Rio argumentou que seria impossível instalar o tomógrafo na UPA da Rocinha devido à dificuldade de acesso de veículos, ao peso do equipamento e à necessidade de adequação da rede elétrica, além de resultar na interrupção dos atendimentos.
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