Covas anuncia volta de rodízio normal, mas pede que população fique em casa
Resumo da notícia
- Covas anunciou fim do megarrodízio de veículos na capital e volta do esquema tradicional amanhã
- Segundo prefeito, decisão foi tomada porque o novo modelo não ajudou a melhorar isolamento
- Rodízio de 50% da frota havia sido implementado na última segunda (11) e vinha recebendo críticas
- Covas também pediu para população ficar em casa e disse que SP está ficando "sem alternativas"
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou hoje que o novo esquema de rodízio, aplicado a 50% da frota de veículos da cidade, será suspenso a partir de amanhã. Com isso, voltará a vigorar o esquema de rodízio normal na capital.
Segundo ele, a decisão foi tomada porque o novo modelo de rodízio não ajudou a melhorar as taxas de isolamento na cidade. Covas ainda fez um apelo para que, apesar da suspensão do megarrodízio, a população fique em casa. "Isso não pode ser desculpa para as pessoas se sentirem à vontade para retomar a circulação pela cidade", disse o prefeito.
"Precisamos melhorar o isolamento. Estamos ficando sem alternativas", declarou Covas. O prefeito também reforçou que a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) chega a 90% na capital e disse não ter condições de decretar lockdown isoladamente.
O novo rodízio foi implementado pela gestão Covas na capital na última segunda-feira (11). O sistema permitia que veículos com placa de final par trafegassem apenas em dias pares; de final ímpar, em dias ímpares.
Ao contrário do antigo, que abrangia somente o centro expandido, o novo rodízio foi implementado em toda a cidade, 24 horas por dia e sete dias por semana.
Decretado para incentivar o isolamento social, o novo rodízio logo foi alvo de críticas e questionamentos na Justiça. Um dos problemas mais citado foi o fato de que o sistema acabou gerando aglomerações nos transportes públicos.
O novo rodízio também não surtiu efeito nos índices de isolamento social. Ontem e também na última sexta (15), a cidade registrou 48% de taxa de isolamento, muito abaixo do ideal de 70% para baixar a curva de contaminação da covid-19 na capital. Na semana anterior, no dia 8, o índice de isolamento era de 46%.
A norma também foi criticada por um suposto viés elitista, considerando a cidade como homogênea e tratando da mesma forma moradores de realidades diferentes.
Números do coronavírus em SP
Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, a capital registrou, até o momento, 2.776 óbitos confirmados pela covid-19. Outras 3.143 mortes são consideradas suspeitas. Já o número de casos confirmados é de 38.479. Os casos suspeitos são 135.438.
De acordo com o secretário, entre os dias 9 de abril e 15 de maio, houve um aumento de 432% no número de mortes em São Paulo. Dos 840 leitos criados pela Prefeitura para o tratamento de casos de coronavírus, 89% estavam ocupados.
"A taxa de contaminação na cidade segue em alta", lamentou Covas. "Infelizmente inverteu uma tendência de queda que vinha até o início de maio. Precisamos diminuir", disse o prefeito.
Antecipação de feriados
Covas anunciou ainda que irá enviar para a Câmara Municipal um projeto de lei para antecipar feriados municipais do ano de 2020, fazendo assim com que eles tenham ponto facultativo. O prefeito citou os feriados de Corpus Christi e da Consciência Negra.
"Vamos manter a celebração dessas datas, mas sem o feriado obrigatório. Tenho certeza que os católicos e todos do movimento negro vão compreender a importância dessa decisão", disse.
Questionado sobre para quando os feriados seriam adiantados, Covas afirmou que isso depende da votação na Câmara. O presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma (PSDB) disse que o tema será colocado em votação amanhã.
Se a aprovação acontecer ainda no início da semana, Covas prevê que os feriados municipais sejam antecipados para esta semana ainda.
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