Comércios e shoppings ainda não reabrem nesta segunda na cidade de SP
Apesar de a cidade de São Paulo se enquadrar na fase 2 dentro do plano de flexibilização da quarentena no estado, em que já é permitida a reabertura de alguns serviços, o setor comercial e os shoppings centers ainda não reabrirão. A prefeitura da capital espera receber na segunda (1º de junho) as propostas de reabertura dos setores para só então permitir a abertura.
O governo estadual apresentou o plano de flexibilização da quarentena que classifica as regiões do estado em fases. A capital se enquadra na fase 2, que permite a abertura de comércio, shoppings, atividades imobiliárias, escritórios e concessionárias a partir da próxima segunda. Porém, cabe às prefeituras acatar o plano ou não. Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) já avisou que a abertura não ocorrerá nesta data.
Os setores que desejam reabrir deverão enviar à prefeitura um protocolo de abertura para ser analisado pela Vigilância Sanitária.
"Só serão liberados na cidade a partir da assinatura do protocolo com a prefeitura", afirmou Covas. "E, assim que [as propostas forem] referendadas, os setores vão poder reabrir na cidade."
Ontem, o estado de São Paulo bateu um novo recorde e registrou 6.382 novos casos de covid-19 em 24 horas hoje. Com o aumento, o Estado tem 95.865 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O número de mortes subiu para 6.980, com 268 óbitos a mais que no dia anterior.
Shoppings querem abrir até o Dia dos Namorados
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) informou ao UOL já ter um protocolo para ser encaminhado, e a expectativa é que a abertura dos estabelecimentos na cidade ocorra até o Dia dos Namorados, em 12 de junho.
"A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) esclarece que os estabelecimentos de São Paulo estão preparados para voltar a funcionar a partir do dia 1º de junho, nas regiões liberadas pelo Governo do Estado. Os empreendimentos possuem plena capacidade de atender o público com segurança, sempre visando ao cuidado com a saúde e o bem-estar de clientes e colaboradores", informou a entidade, em nota.
"A Abrasce criou um protocolo de recomendações junto à área de Consultoria do Sírio-Libanês, com o objetivo de orientar os estabelecimentos para este momento de reabertura. São mais de 20 medidas que visam, dentre outras iniciativas, ao reforço na higienização e de proteção para todos os visitantes dos empreendimentos."
A Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) também aguarda a decisão da prefeitura e disse estar elaborando as questões protocolares para reabertura dos comércios. A entidade acredita que deverá ter isso até segunda-feira.
Segundo o plano de flexibilização apresentado pela Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, para reabrir, o comércio terá que funcionar em São Paulo com capacidade limitada da 20% e horário reduzido de quatro horas.
Bruno Covas, no entanto, demonstrou receio de a cidade retroceder para a fase 1, se não houver um planejamento de abertura. Em entrevista ao Brasil Urgente hoje, Covas disse que não é porque a cidade está na fase 2 da classificação estadual que a quarentena chegou ao fim.
"Se a gente abrir de qualquer jeito, o estado vai fazer o município voltar à fase 1 daqui a duas semanas", disse. "Eles [as empresas] precisam garantir que vão respeitar a quantidade de pessoas determinada, que vão distribuir álcool em gel e que não vai ter desemprego das funcionárias mulheres porque as creches ainda estão fechadas", disse.
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