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Secretário de Transportes de SP pede demissão após pressão de Bruno Covas

Movimentação de ônibus no Terminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade de São Paulo - BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimentação de ônibus no Terminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade de São Paulo Imagem: BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

12/06/2020 17h27

O secretário Municipal de Transportes da cidade de São Paulo, Edson Caram, pediu demissão hoje. Ele permanecerá no cargo até que seja encontrado um substituto.

"O secretário Municipal de Transportes, Edson Caram, apresentou nesta sexta-feira, dia 12 de junho, pedido de exoneração. O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, aceitou a decisão e pediu que Caram permaneça no cargo por mais alguns dias, até a escolha de um substituto para a secretaria", informou a prefeitura em nota enviada à reportagem do UOL.

No início da semana, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que iria trocar o secretário municipal de Transportes caso as linhas de ônibus continuassem com passageiros em pé durante as viagens. Na última segunda-feira (8), ele afirmou que 5% das linhas percorreram seus trajetos com passageiros em pé, descumprindo uma das orientações da prefeitura de flexibilização da quarentena durante a pandemia do novo coronavírus.

"Na sexta-feira, as concessionárias e escritórios puderam ser reabertos, e tivemos 1.206.000 passageiros no transporte público municipal. Não é muito diferente do que tínhamos observado, estava entre 1,1 milhão, 1,2 milhão. O secretário de transportes garantiu que não haveria passageiros em pé. Hoje, o número que temos é que 5% das linhas estavam com passageiros em pé. O secretário tem até sexta-feira para fazer isso. Se até sexta ele não fizer, a partir da segunda será outro secretário que vai tentar fazer isso", afirmou o prefeito na ocasião.

Problemas no transporte durante a quarentena

O transporte público em São Paulo se tornou um gargalo na crise da covid-19 em algumas ocasiões.

Durante o megarrodízio que deixou quase metade da frota de veículos na garagem, houve lotação de ônibus em São Paulo. A situação levou a muitas críticas contra a prefeitura porque a população não podia usar os carros e era obrigada a utilizar um meio de transporte lotado. O megarrodízio teve curta duração e foi extinto após apenas uma semana.