Covas ameaça trocar secretário de transportes caso ônibus permaneçam cheios
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse hoje que vai trocar o secretário municipal de Transportes caso as linhas de ônibus sigam com passageiros em pé durante as viagens. Em entrevista coletiva concedida hoje, ele afirmou que 5% das linhas percorreram seus trajetos com passageiros em pé nesta manhã, descumprindo uma das orientações da prefeitura de flexibilização da quarentena durante a pandemia do novo coronavírus.
Covas afirmou que o atual secretário, Edson Caram, prometeu que seria possível fazer as viagens com todas as pessoas sentadas. Segundo o prefeito, Caram tem até a próxima sexta-feira para corrigir a situação ou haverá troca no cargo.
"Na sexta-feira, as concessionárias e escritórios puderam ser reabertos, e tivemos 1.206.000 passageiros no transporte público municipal. Não é muito diferente do que tínhamos observado, estava entre 1,1 milhão, 1,2 milhão. O secretário de transportes garantiu que não haveria passageiros em pé. Hoje, o número que temos é que 5% das linhas estavam com passageiros em pé. O secretário tem até sexta-feira para fazer isso. Se até sexta ele não fizer, a partir da segunda será outro secretário que vai tentar fazer isso", afirmou.
Mesmo com a flexibilização da quarentena na cidade de São Paulo, a Prefeitura continua pregando o isolamento social e cuidados de higiene para não disseminar o coronavírus. Ao mesmo tempo, avalia as condições de infraestrutura para reabertura de cinco setores econômicos que podem funcionar com restrições por a cidade estar na fase 2 do plano de retomada.
Concessionárias de veículos e escritórios foram os primeiros autorizados a voltar com atividades, o que ocorreu na semana passada. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes garantiu que a medida não causaria inchaço no sistema e haveria linhas para todos os passageiros viajarem sentados. Não foi o que ocorreu na manhã desta segunda-feira.
Problemas no transporte durante a quarentena
Esta não é a primeira vez que o transporte público em São Paulo se torna um gargalo na crise da covid-19.
Durante o mega rodízio que deixou quase metade da frota de veículos na garagem, houve lotação de ônibus em São Paulo. A situação levou a muitas críticas contra a prefeitura porque a população não podia usar os carros e era obrigada a utilizar um meio de transporte lotado. O mega rodízio teve curta duração e foi extinto após apenas uma semana.
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