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Mãe que confessou ter matado o filho de 11 anos diz que agiu sozinha

Alexandra Dougokenski e o filho Rafael Mateus Winques - Reprodução/Redes sociais
Alexandra Dougokenski e o filho Rafael Mateus Winques Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

26/06/2020 07h56

Alexandra Dougokenski, que admitiu no mês passado ter matado o filho Rafael Winques, de 11 anos, revelou que agiu sozinha e que falou a verdade porque "não sabia como contar" o que aconteceu ao seu outro filho.

Rafael foi encontrado morto no fim de maio pela polícia em uma casa abandonada perto de onde morava com a família, em Planalto (RS).

A RBS TV divulgou partes do depoimento de Alexandra à polícia. Ela explicou o motivo de ter comunicado o desaparecimento do filho e o que a fez ter assumido o crime.

"Eu sei que ele [filho mais velho de 17 anos] ia achar falta do irmão, e eu não sabia como contar", iniciou ela, antes de falar o que teria acontecido.

"Dei remédio para ele dormir. Diazepam. Dois [comprimidos]", respondeu aos policiais. "Ele estava diferente, com a boquinha roxa e as mãozinhas geladas", relatou Alexandra, que não se lembrou da hora em que constatou o problema, afirmando apenas que era "de madrugada".

Ao ser questionada sobre como teria retirado o corpo de Rafael da cama, ela revelou, segundo a RBS, ter usado uma "cordinha", já que "não conseguia tirar ele", então optou por amarrar o próprio filho.

Por fim, a mãe confessou ter escondido o corpo do menino em uma caixa de papelão que ficava na garagem do vizinho, a cerca de 5 metros de sua casa.

"Eu coloquei ele deitadinho lá. Não sei se pus no fundo. Sei que tirei algumas coisas e coloquei deitadinho", disse, antes de concluir que agiu sozinha.

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Mãe segue presa

Alexandra foi detida no mesmo dia em que deu este depoimento à polícia, ocorrido no dia 25 de maio.

A prisão temporária foi prorrogada por mais 30 dias enquanto as investigações continuam. Segundo a RBS, a defesa da mãe afirma que Rafael morreu horas depois de tomar o remédio.

"Quando viu que o menino tinha falecido ali, não soube o que fazer, e tentava poupar que o irmão visse aquela situação. E explica, assim, por que escondeu o corpo e ludibriou a autoridade policial esses dias todos", falou Gustavo Nagelstein, classificando o crime como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

A polícia, ainda segundo o veículo, acredita que houve dolo - intenção de matar - e que ela matou o filho com a citada corda.