Caso Miguel: Mãe depõe pela 2ª vez; inquérito deve ser concluído no prazo
A doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, mãe de Miguel Otávio, 5, que morreu após cair do nono andar de um prédio no centro de Recife, prestou novo depoimento à Polícia Civil, na delegacia de Santo Amaro. O inquérito, segundo o delegado Ramon Teixeira, deve ser concluído dentro do prazo, até 2 de julho.
Miguel estava sob os cuidados da patroa de Mirtes, Sarí Corte Real, esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). A doméstica estava passeando com a cadela da família quando seu filho foi deixado sozinho no elevador por Sarí, subiu até o nono andar e acabou caindo de uma altura de 35 metros, de acordo com a perícia.
A primeira-dama de Tamandaré foi autuada em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ela pagou fiança de R$ 20 mil e, desde então, responde ao processo em liberdade.
Há cerca de duas semanas, Mirtes escreveu uma carta para Sarí, em resposta a um pedido de desculpas escrito pela patroa e enviado à imprensa cinco dias antes.
"Eu não recebi qualquer pedido de desculpas. A carta de perdão [de Sarí] foi dirigida à imprensa, o que me faz pensar que eu não era destinatária, mas sim a opinião pública com a qual ela se preocupa por mera vaidade e por ser esse um ano de eleição", afirmou a mãe de Miguel.
O texto, escrito com ajuda do advogado Rodrigo Almendra, diz ainda considerar desumano o pedido de desculpas feito por Sarí: "Sabemos que ela não trataria assim o filho de uma amiga. Ela agiu assim com o meu filho, como se ele tivesse menos valor, como se ele pudesse sofrer qualquer tipo de violência por ser filho da empregada".
Morte de Miguel causou revolta
Moradores do condomínio Pier Maurício de Nassau, onde Miguel morreu, se revoltaram com o caso. Eles gravaram vídeos mostrando o caminho percorrido pelo menino, desde a saída do elevador de serviço e até a porta corta-fogo, por onde Miguel passou.
As imagens cedidas ao UOL por um morador — que também publicou registros no Instagram @lucasferreira.1 — mostram que o local é um corredor com janelas na altura de 1,20 metro. Em paralelo, há um pequeno hall onde ficam os condensadores de aparelhos de ar-condicionado e a proteção é feita por um guarda-corpo de alumínio sem tela ou grade.
*Com Estadão Conteúdo
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