'Não queremos ver cenas como do Leblon', diz Covas sobre reabrir bares
Do UOL, em São Paulo
08/07/2020 12h34Atualizada em 08/07/2020 13h22
O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou hoje em entrevista à rádio Energia 97 FM que a flexibilização dos bares segue normas para evitar aglomerações e comparou com o episódio que aconteceu no Rio de Janeiro na noite do dia 2.
"Embora seja um momento de flexibilização, a pandemia não acabou. Basta um dia de descontrole e os números voltam a crescer. O que não queríamos ver era a cena dos bares do Leblon", disse.
Covas respondia a pergunta se bares e restaurantes que operavam de noite antes da pandemia de coronavírus poderiam ter alguma chance de voltar ao horário, sem ser o imposto pela fase 3 do plano de retomada.
"O pior é reabrir e, daqui uns dias, fechar mais uma vez. Vamos observando o comportamento desses números para poder, daqui 2 ou 3 semanas, sentar e ver se pode flexibilizar ainda mais", completou.
O prefeito lembrou mais uma vez que a reabertura não significa que medidas de higiene e proteção devam ser deixadas de lado.
"Ainda não é o momento de todo mundo ir para um bar para comemorar o fim da pandemia".
Retomada baseada em índices
Bruno Covas salientou que a decisão passa por análises de indicadores da prefeitura de São Paulo, como quantidade de leitos e número de novas internações.
"Estamos há três semanas na fase 3 e estamos trabalhando para ir para a fase 4. Não é só fruto da prefeitura, mas da consciência da população. As pessoas estão colaborando", apontou.
Ele afirmou ainda que cerca de 9,5% da população da cidade está imunizada, segundo um inquérito sorológico feito pela administração.
Novas medidas
Sobre a reabertura de parques, Covas espera apresentar a data e os protocolos para administradores dos espaços ainda nesta semana. "A ideia é reabrir só durante a semana para evitar aglomeração", disse.
Além disso, ele afirmou que o reforço que o SUS (Sistema Único de Saúde) recebeu nos hospitais da cidade, como novos leitos, são medidas permanentes para depois da pandemia.
Com o fim das atividades do hospital de campanha montado no Pacaembu, os equipamentos foram transferidos para hospitais municipais na zona leste da capital.
"É onde temos a maior mortalidade", contou o prefeito