Rio: casal de idosos se veste de astronauta para ir à praia e viraliza
A imagem de um homem vestido de astronauta passeando pela praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, viralizou na internet, em meio à pandemia do novo coronavírus. A roupa tem até o símbolo da Nasa e foi criada para passeios pela cidade e pela praia.
Idoso e com problema crônico pulmonar, o contador aposentado Tércio Galdino Lima, 66 anos, decidiu confeccionar o macacão e o capacete para poder caminhar com mais segurança pelas ruas do Rio e reduzir o risco de contágio pelo coronavírus. E ainda convenceu a esposa, a corretora de imóveis Alicea Lima, 65 anos, a aderir ao look.
"No primeiro dia, foi aquela preocupação de estar pagando um mico. A Alicea foi meio apreensiva. Quando a gente chegou à Praia Vermelha, na Urca, deviam ter umas 200 a 300 pessoas, famílias com crianças, o foco foi todo na gente, uma atração total. Todo mundo virou para olhar. As pessoas começaram a elogiar, e meu coração explodiu, bateu acelerado. Pessoal falando: 'pô, original'. Isso foi me deixando mais aliviado", conta Tercio.
O casal mora no bairro Riachuelo, na zona norte do Rio, e cumpriu a quarentena à risca desde meados de março, quando foi publicado o primeiro decreto com regras de isolamento.
Em junho, com a permissão para exercícios individuais, veio a vontade de caminhar pela praia, acompanhada da preocupação em virtude dos riscos da covid-19. A primeira vez que usaram o roupa de astronauta foi na praia da Urca, no dia 15 de junho, mas a imagem deles viralizou quatro dias depois, em Ipanema.
Inspiração em 'médico dinossauro'
A ideia, segundo Tercio, surgiu após assistir a uma reportagem sobre um médico que se fantasiou de dinossauro para ver o filho, após quase 40 dias afastado da família por atuar na linha de frente no combate à covid-19, em São Sebastião (SP).
A inspiração veio de uma das suas paixões: a astronomia. Por meio de um tutorial na internet, ele aprendeu a fazer o capacete com bola, papel cortado, cola e massa acrílica. Já o macacão é o usado por profissionais de saúde. Para finalizar a roupa com capricho, ainda vieram os adesivos da Nasa, a agência espacial norte-americana.
Se os astronautas costumam marcar a história da humanidade, o casal do Rio de Janeiro já tem seu espaço no capítulo da pandemia de covid-19 e é como símbolo de esperança e criatividade.
"Pessoal gosta de teatros e eles estão fechados. Eu me sinto um artista representando alguma coisa, eu desperto um sorriso. Tem uns mal-humorados que jogam uma piada, mas eu ignoro. Já falaram que eu sou um astronauta da pandemia. Sou fissurado porque o astronauta é uma visão de esperança — a esperança de novos caminhos e de trazer o conhecimento", finaliza Tércio.
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