Sábado com quarentena frouxa tem bares cheios em SP e praia agitada no Rio
O primeiro sábado da nova etapa de flexibilização da quarentena em São Paulo teve bares e restaurantes cheios, especialmente na Vila Madalena, região boêmia na zona oeste da capital paulista. Já no Rio de Janeiro, o que se viu foram orlas e praias movimentadas — mesmo com as recentes restrições impostas pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).
Em São Paulo, segundo as regras desta fase de afrouxamento, os bares e restaurantes podem funcionar com 40% de sua ocupação máxima e apenas entre 11h e 17h. Mesas na calçada estão proibidas, e os clientes só podem consumir alimentos e bebidas dentro dos estabelecimentos se todos estiverem sentados.
Os funcionários são obrigados a usar máscara e face shield (protetor facial). Os clientes — em teoria — também deveriam usar máscara nos momentos em que não estão bebendo ou comendo.
Um decreto assinado pelo governador João Doria (PSDB) no fim do mês passado estabelece multa de R$ 524,59 para quem não usar máscara em espaços públicos. Mesmo assim, muitas pessoas ainda são flagradas sem o EPI (equipamento de proteção individual).
Já no transporte público, onde a obrigatoriedade da máscara está em vigor há mais tempo, desde o fim de abril, o problema maior são as aglomerações — mesmo aos sábados.
Segundo último balanço do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo tem 366.890 casos confirmados de covid-19, além de 17.702 mortes. Sozinha, a capital paulista registra pouco mais de 41% desses infectados (151.365) e 46% dos mortos (8.176).
Dia de sol, praia agitada
Com temperaturas próximas a 30 ºC, as restrições anunciadas pela prefeitura do Rio de Janeiro não impediram a intensa movimentação de pessoas registrada nas orlas e nas praias cariocas.
Há dois dias, Crivella anunciou que o acesso normal às praias só seria liberado após a descoberta da vacina contra o novo coronavírus — o que, segundo ele, poderá acontecer no verão. O prefeito alertou ainda que as pessoas flagradas na areia sem máscara seriam multadas em R$ 107.
O risco de autuação, porém, não foi suficiente para coibir o exercício no calçadão. Em Ipanema, na zona sul da capital fluminense, muita gente aproveitou o dia de sol para caminhar ou andar de bicicleta.
As restrições quanto à permanência na areia e no mar também pouco surtiram efeito. Em tese, segundo determinação da prefeitura, apenas a prática de esportes individuais está liberada.
Para evitar aglomerações e exigir o uso de máscaras, a Guarda Municipal do Rio realizou a operação Blitz da Vida. Ao todo, 81 agentes atuaram em parceria com a Polícia Militar para fiscalizar as praias da zona sul carioca.
O estado do Rio, de acordo com o Ministério da Saúde, registra 129.675 casos confirmados e 11.406 mortes por covid-19. A capital fluminense responde por quase metade desses infectados (64.102) e 64% dos óbitos (7.302).
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