Cliente denuncia abuso sexual e tatuador é preso com cobras e armas ilegais
Um tatuador foi preso em flagrante pela Polícia Militar suspeito de tentar abusar sexualmente de uma cliente durante sessão de tatuagem. O caso aconteceu na madrugada de ontem, no estúdio do suspeito, localizado no bairro Coophalis, em Rondonópolis (MT). O homem também foi autuado por crime contra a fauna, já que mantinha duas cobras, uma jiboia e uma Corn Snake, conhecida como cobra-do-milho, de origem dos Estados Unidos, em cativeiro ilegal no imóvel.
O tatuador também foi preso por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Após a chegada da polícia, o suspeito tentou fugir pelos fundos do estúdio, mas foi capturado em cima do telhado do imóvel. Ele negou o crime de tentativa de estupro.
Segundo a Polícia Militar, a mulher estava sozinha com o tatuador, que teria barrado a entrada do namorado da cliente no local. O suspeito, então, teria tocado as partes íntimas dela sem seu consentimento. O namorado da jovem estava na calçada e acionou a polícia.
O tatuador não teve o nome informado em cumprimento a lei abuso de autoridade, que proíbe agentes públicos de divulgarem a identidade de pessoas que não tenham sofrido condenação na Justiça. O UOL tentou localizar a defesa do suspeito, na noite de hoje, mas não conseguiu.
Uma equipe de policiais militares do 5º Batalhão da Polícia Militar estava fazendo rondas no bairro Coophalis quando foi abordada pelo namorado da jovem que sofreu a tentativa de estupro. O rapaz apontou que o suspeito do crime ainda estava no local do suposto crime.
O jovem informou que o tatuador o proibiu de entrar no estúdio alegando que estava evitando a presença de outras pessoas no local devido à pandemia do novo coronavírus.
A vítima relatou que o tatuador, após pedir para ela retirar toda a roupa, observou que ele começou a tocar nas suas partes íntimas, sem consentimento e ficou desesperada. "Apavorada, ela correu e pediu ajuda do namorado que esperara do lado de fora", informou a PM.
Em depoimento, a vítima relatou que estranhou a ordem do tatuador para ela retirar toda a roupa, pois o local da tatuagem era a coxa e não seria necessário ela se despir, pois estava usando uma roupa com a área a ser tatuada amostra. Segundo relato, a mulher afirmou que ficou de costas para o tatuador e sentiu que o órgão genital do homem encostou de forma proposital na nádega dela. Ela disse ainda que se virou e flagrou o suspeito fechando o zíper da calça.
Após a chegada da polícia, o homem tentou resistir à ordem de prisão. Durante a vistoria no imóvel, os policiais encontraram duas cobras em cativeiro. Uma equipe da polícia do Batalhão Ambiental esteve no local e recolheu os animais. Foram emitidos autos de inspeção, infração e apreensão.
A jiboia deverá ser reintroduzida na natureza por fazer parte da fauna brasileira. Já a cobra do milho, que é espécie exótica encontrada apenas em milharais dos Estados Unidos, ainda não tem destino certo.
Dentro do estúdio, a polícia encontrou uma espingarda adaptada para calibre 22, uma besta, flechas, uma machadinha e acessórios bélicos, como espoletas e pólvora preta, usados para carregar cartuchos. No local foram achados também um tablete de maconha, uma balança e dinheiro trocado. A polícia apreendeu o local de armazenagem de imagens do sistema de circuito de câmeras do imóvel para auxiliar na investigação de tentativa de estupro.
O tatuador foi levado para a 1º Delegacia de Rondonópolis. Ele aguarda audiência de custódia para definir se a prisão em flagrante será convertida em prisão preventiva ou se ele vai responder pelos crimes em liberdade.
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