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Polícia prende homem responsável pela morte de casal ambientalista no Pará

2013 - Os acusados José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento são julgados no Fórum de Marabá (PA), pela morte do casal extrativista José Claudio e Maria do Espírito Santo, em 2011.  - Tarso Sarraf/ Estadão Conteúdo
2013 - Os acusados José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento são julgados no Fórum de Marabá (PA), pela morte do casal extrativista José Claudio e Maria do Espírito Santo, em 2011. Imagem: Tarso Sarraf/ Estadão Conteúdo

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém

07/08/2020 21h48

A Polícia Civil prendeu hoje Lindojhonson Silva Rocha, que havia sido condenado pelo assassinato do casal de ambientalistas José Claudio e Maria do Espírito Santo, e estava foragido há cinco anos. O crime ocorreu em maio de 2011, em Nova Ipixuna, no Pará, e Rocha havia sido condenado a mais de 40 anos de prisão. Na ocasião, o caso chegou a ter repercussão internacional.

Lindojhonson foi localizado em uma vila na zona rural de Tucuruí, município localizado na mesma região onde ocorreu o crime. Segundo o delegado que efetuou a prisão, o foragido estava escondido em uma região de mata.

"Duas equipes da polícia se dirigiram até as proximidades do esconderijo, esconderam as viaturas na mata e seguiram por alguns quilômetros a pé para realizar a prisão", explicou o delegado José Humberto de Mello, diretor de Polícia do Interior.

Lindojhonson usava o nome falso de Raimundo Nonato ou "Nato" e era inclusive conhecido e temido pelos moradores da região. Segundo as investigações, ele também estava envolvido com o tráfico de drogas e com grupos de pistoleiros na região sudeste do Pará.

Lindojhonson foi preso em 2011 e julgado em 2013, sendo condenado a 43 anos de prisão pelo assassinato dos ambientalistas, mas fugiu no dia 15 de novembro de 2015 da Penitenciária Mariano Antunes, em Marabá.

José Claudio e Maria do Espírito Santo lideravam um grupo que lutava pela agricultura sustentável na região amazônica em parceria com a Comissão Pastoral da Terra, órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O casal denunciava a grilagem de terras e desmatamento ilegal no projeto de assentamento agroextrativista onde moravam, em Nova Ipixuna do Pará, e vinha sofrendo ameaças de morte.

Eles foram assassinados a tiros em uma emboscada no dia 24 de maior de 2011 por dois homens. Lindojhonson foi condenado como autor dos disparos.