Padre Júlio Lancellotti pede abrigo a moradores de rua em hotéis de SP
Aos 71 anos, o padre Júlio Lancellotti não se isolou na pandemia e segue em ação em ações junto a moradores de rua - movimento que o fez famoso nas últimas décadas. Entrevistado no 'Encontro', da TV Globo, ele defendeu sua decisão, apesar de estar em um grupo de risco da covid-19, e pediu que essa população seja acolhida em lugares respeitosos: "Quem precisa de vaga é carro".
Lancellotti explicou que, mais que serem tratados como precisando de uma simples "vaga", os moradores de rua precisam ser vistos, ouvidos e tratados com respeito, algo mais importante em tempos de pandemia do coronavírus e com a onda de frio no Brasil.
"Precisamos ter ações políticas consequentes. Nós precisamos ter moradia em primeiro lugar. Que a rede hoteleira ociosa acolha os moradores de rua. Lugares como Londres fizeram isso. O Brasil é tímido em dar respostas. Saíram, em São Paulo, 150 lugares de hotéis, 120 dias depois do estado de emergência", disse ele.
"Quem precisa de vaga é carro, os moradores de rua precisam de um lugar, um lugar que os reconheça e onde possam dormir, comer, viver, ter autonomia e não serem tutelados pelo estado, nem por ninguém. Como ajudar? Fale com quem está na rua. Tenha um relacionamento humano com essas pessoas. Faz um cafezinho quente, leve em uma noite fria. Sobretudo, use seu coração", pediu o padre.
Lancellotti apareceu no programa trajando máscara, óculos, luva e roupa de proteção.
"Eu não to me expondo, estou com todos os EPIs, sempre vivi com eles, há mais de 35 anos e não seria num momento de dificuldade que eu teria que me afastar deles e não estar junto para viver com eles esse momento difícil", explicou ele.
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