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Polícia prende quadrilha de classes média e alta da BA suspeita de tráfico

Carro de luxo apreendido após prisão de quadrilha de classes média e alta da Bahia suspeita de tráfico de drogas - Divulgação
Carro de luxo apreendido após prisão de quadrilha de classes média e alta da Bahia suspeita de tráfico de drogas Imagem: Divulgação

Alexandre Santos

Colaboração para o UOL, em Salvador

25/08/2020 14h33

A Polícia Civil da Bahia prendeu na manhã de hoje oito homens acusados de traficar drogas sintéticas como ecstasy e haxixe em festas raves, boates e eventos particulares em Salvador. Segundo a investigação, a quadrilha é composta por pessoas de classes média e alta, empresários do ramo de bebidas e estudantes de faculdades particulares da cidade. Os acusados não tiveram seus nomes divulgados.

O grupo foi detido por equipes do Draco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado) e da COE (Coordenação de Operações Especiais), durante uma operação para cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão nos bairros do Rio Vermelho, Ondina, Vitória, Bonfim e Mata Escura, na capital baiana, e na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana.

Entre os alvos da ação está um detento que cumpre pena em um presídio soteropolitano. Em sua cela, foram apreendidos três celulares, sete pacotes de maconha e uma faca. Nos endereços dos demais suspeitos, policiais civis apreenderam dois veículos de luxo (da marca Audi), uma motocicleta Harley-Davidson, um automóvel modelo Kwid e comprimidos de ecstasy.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública (SSP), as apurações que resultaram na desarticulação do grupo foram iniciadas há cerca de um ano e meio, após agentes da Coordenação de Narcóticos do Draco descobrirem um esquema de venda de entorpecentes via serviço de Sedex, dos Correios. A negociação era feita por meio de uma rede social.

"Eles faziam todo o acerto de valores e quantidades pelo Instagram. Depois, enviavam as mercadorias ilegais", detalhou em uma coletiva de imprensa o delegado Alexandre Galvão, titular da DTE (Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes da região metropolitana de Salvador.

De acordo com o delegado, em uma noite, o grupo chegava a vender R$ 50 mil em drogas sintéticas. A SSP informou que investiga a participação de mulheres no esquema.