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São Paulo rejeita pedido de bares para funcionamento até 23h

Coordenador do Centro de Contingência, José Medina, usou aumento de casos na Espanha como exemplo - AMANDA PEROBELLI
Coordenador do Centro de Contingência, José Medina, usou aumento de casos na Espanha como exemplo Imagem: AMANDA PEROBELLI

Lucas Borges Teixeira e Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

02/09/2020 13h51Atualizada em 02/09/2020 14h32

O Centro de Contingência de combate ao coronavírus de São Paulo afirmou hoje que rejeitou o pedido da associação de bares e restaurantes para aumentar o horário de funcionamento dos estabelecimentos no estado em uma hora no período noturno, de 22h para 23h.

Em ofício enviado ao governo paulista e à prefeitura de São Paulo na última terça (31), Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) pediu que a liberação das mesas nas calçadas em todo o estado, o aumento da possibilidade de uso de assentos de 40% para 60% e a abertura dos estabelecimentos até 23h, com permissão de uma flexibilização até as 24h.

"Tendo em vista a situação dramática, solicitamos isto em caso de urgência", diz o texto, que destaca que "a abertura nas condições impostas até o momento não apresentou resultados esperados".

Em entrevista coletiva concedida hoje no Palácio dos Bandeirantes, o coordenador do centro de contingência do estado, José Medina, disse que não deverá atender ao pedido de aumento do horário. Ele usou a retomada de casos na Espanha após a flexibilização noturna como argumento.

"Temos sempre que aprender com os países. A Espanha é um exemplo, teve um pico em abril. Agora, depois que flexibilizou as atividades no período noturno, tanto de discoteca, bares, atividades de lazer, uma das razões para ter um aumento semelhante a abril", afirmou Medina.

Em abril, a Espanha chegou a apresentar pico de 9 mil novos casos e quase 900 mortes em um dia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Os números caíram para menos de 200 novos casos diários e dias com apenas uma morte entre junho e julho.

Em agosto, no entanto, o país voltou a enfrentar aumento e números de casos até mais relevantes que em abril, com diversos dias com mais de 9 mil novos casos, embora as mortes confirmadas estejam na faixa de 30 por dia.